SERGIPE

Estudante é repreendida por professor por entrar com bebê em sala de aula

O docente teria dito em frente aos alunos que a mãe não poderia permanecer dentro da sala porque a bebê "não pagava mensalidade"

Correio Braziliense
postado em 24/08/2023 17:28
A mulher relatou que seguiu na sala de aula com a filha mas que não aguentou e deixou o local chorando -  (crédito: tohamina/Freepik)
A mulher relatou que seguiu na sala de aula com a filha mas que não aguentou e deixou o local chorando - (crédito: tohamina/Freepik)
int(11)

Uma estudante de 28 anos foi repreendida por um professor por entrar em sala de aula com a filha de quatro meses, na Universidade Tiradentes (UNIT), em Aracaju. 

De acordo com o relato da jovem ao g1, que cursa o 8º semestre de medicina, o professor teria dito na frente dos colegas de que as normas da universidade impediam que a bebê a acompanhasse na aula. Na sequência, o docente teria dito também que a bebê não poderia acompanhar a aula porque “não pagava mensalidade” como os estudantes.

A mulher relatou que seguiu na sala de aula com a filha, mas que não aguentou e deixou o local chorando. Ela chegou a relatar o ocorrido na coordenação do curso, mas novamente teria tido a resposta que as normas da universidade não permitem a presença de crianças na sala.

"A funcionária me chamou para dentro da sala, ofereceu água e deixou amamentar minha filha. Depois disse que, realmente, as normas não permitem que crianças fiquem na sala de aula", contou.

Apesar da resposta, a aluna decidiu voltar para a sala de aula e acompanhou o resto da aula. Ao final, contudo, a jovem contou ao professor que ficou chateada com a repreensão e falou que pagava a mensalidade muito alta e não podia faltar porque não tinha com quem deixar a filha.

O professor teria tido ainda que a fala em questão sobre a mensalidade era uma "piada".

O caso ocorreu no dia 17 de agosto, na parte da manhã. A aluna contou que não tinha com quem deixar a bebê no horário por ser uma mentoria às 7h30 e somente às 10h teria uma babá para tomar conta da bebê.

Ela afirmou ainda que tentou entrar em contato com a universidade, via e-mail, para saber se, em casos de emergência, podia levar a bebê para a aula. Em resposta, a Unit teria dito que tentaria um parecer sobre a situação e enviaria uma resposta, mas não foi feito retorno.

No mesmo dia, no turno da noite, a estudante precisou levar a filha para uma outra aula e não foi repreendida.

O Correio tenta contato com a Unit para mais explicações sobre o caso. Ao g1, em nota, eles informaram que não existe restrições para amamentação nas dependências da universidade mas que orienta aos alunos que evitem a presença regular de crianças nas salas de aula com o objetivo de garantir a saúde e segurança delas.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação