O governo lançou ontem, na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), um novo título público criado para custear a educação. No primeiro dia de negociação do Tesouro Educa+, o Secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, fez soar a campainha, cerimônia tradicional da B3 quando há lançamentos de títulos.
O título, que faz parte do Programa Tesouro Direto, tem como objetivo “auxiliar pessoas de todas as idades a conquistar uma renda complementar para custear estudos, sejam eles de ensino superior, especialização ou qualquer outra natureza”, segundo informou a secretaria do Tesouro.
O valor para começar a investir no Educa+ é de R$ 30. O investidor poderá escolher os títulos disponíveis para venda de acordo com ano de vencimento. Após o vencimento, receberá fluxos mensais recorrentes por cinco anos a partir de 15 de janeiro do ano escolhido. Inicialmente, serão disponibilizados 16 títulos, com a primeira conversão em 2026 e a cada ano subsequente até 2041.
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Os títulos do Tesouro Educa+, mais rentáveis do que a poupança, terão a remuneração corrigida pelo IPCA, a inflação oficial, além de uma taxa real, dando mais segurança para o investidor planejar seu futuro.
Ao criar o título temático, disse Ceron, o governo cumpre também o objetivo de promover a educação financeira, uma vez que aproxima a realidade de ter que custear os estudos com a cultura da poupança de longo prazo.
"O Tesouro Educa+ representa uma iniciativa pioneira no Brasil, que visa levar a educação financeira para dentro dos lares. Esse novo título do Tesouro Direto foi especialmente desenvolvido para apoiar o ciclo educacional, fornecendo uma renda extra mensal para custear os estudos no momento em que o jovem mais precisa de apoio. Ao engajar toda a rede de suporte familiar e amigos, queremos contribuir significativamente para um futuro educacional mais sólido e seguro para nossas crianças e jovens. Essa ação pioneira reflete nosso compromisso em promover uma cultura financeira consciente desde cedo nas famílias brasileiras”, comentou.
Os investimentos possuem carência de 60 dias e, após esse período, é possível vender os títulos a preço de mercado. O investidor que realizar o resgate antecipado dos títulos no período inferior a 7 anos pagará taxa sobre o valor de resgate de 0,50% ao ano. Entre 7 e 14 anos, a taxa cobrada será de 0,20% ao ano. Acima de 14 anos, 0,10%. O vencimento do título só ocorre após o final dos 60 fluxos mensais de pagamentos.