Cerca de 10 mil universitários de todo o país (segundo estimativa dos organizadores) se reuniram na tarde desta sexta-feira (14) em uma caminhada da Justiça Federal até o Banco Central, em manifestação contra a taxa Selic, que hoje está em 13,75% ao ano. A ação, cujo lema é “menos juros, mais educação”, pede a saída de Campos Neto da presidência do banco. A manifestação é parte da programação do 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (Conune), que ocorre em Brasília desde a última segunda-feira (12) e vai até o próximo domingo (6).
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De acordo com Bruna Brelaz, estudante de direito e presidente da UNE, a manifestação tem o objetivo de pressionar o Banco Central para garantir a diminuição da taxa de juros que, segundo ela, afeta diretamente o universitário.
“Na nossa opinião essa taxa de juros é exorbitante e é preciso que ela diminua para que aumente tanto o consumo quanto o desenvolvimento econômico do Brasil. Nós somos mais um dos grupos que quer pressionar o Copom (Comitê de Política Monetária) a reduzir a taxa, que hoje prejudica o aluno que paga mensalidade em faculdade privada ou mesmo o Fies”, explica.
Cerca de 10 mil universitários de todo o país se reuniram, na tarde desta sexta-feira (14/7), em uma caminhada até o Banco Central, em manifestação contra a taxa Selic. A ação faz parte da programação do 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes. https://t.co/BgSGHMZVAt pic.twitter.com/anHovgKPEg
— Correio Braziliense (@correio) July 14, 2023
O diretor da Associação Nacional de Pós-Graduandos, Vinícius Soares, é um dos organizadores do movimento e defende que a pressão contra o Banco Central é para garantir mais investimentos na área da educação. “O país hoje está refém da política econômica do Banco Central, que não se alinha ao projeto escolhido nas urnas em 2022”, disse o organizador em relação aos embates entre Campos Neto e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a taxa Selic. “Nós queremos baixar a taxa para viabilizar investimentos em educação e na ciência”, complementa.
Para a estudante de educação física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Mariana Araújo, 21 anos, a manifestação é uma retomada da força da juventude após o fim das medidas restritivas contra a COVID-19. “É o primeiro Conune após a pandemia e esse ato é importante para mostrar que os estudantes estão participando do que ocorre no Brasil. A gente se forma sem uma perspectiva de futuro e essa situação precarizada é também uma consequência das altas taxas de juros que a gente vem enfrentando”, diz.
*Estagiária sob a supervisão de Denise Britto
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