Em cerimônia realizada nesta quinta-feira (13/7), a União Nacional dos Estudantes (UNE) entregou a carta de reivindicações para a educação no Brasil e na América Latina ao presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT), e a José Mujica, ex-presidente do Uruguai.
As principais reivindicações do movimento estudantil são a revogação da reforma do ensino médio, a permanência na universidade pública e a regulamentação da educação privada. Eles também propuseram a criação de uma universidade que integre os países que fazem fronteira na floresta Amazônica.
Na presença do Ministro da Educação, Camillo Santana, os estudantes gritaram pela revogação da reforma do ensino médio. O movimento critica a escolha do ministro, que escolheu apenas suspender o projeto.
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Os representantes da UNE ressaltaram a diminuição do orçamento destinado ao ensino superior público nos últimos anos, que ocorreu em um momento de alta na evasão escolar. A falta de bolsas de pesquisa e ensino, o aumento do valor do Restaurante Universitário (RU) e a falta de moradia foram algumas causas apontadas como urgentes para garantir a melhora no ensino superior. A entidade ainda chamou atenção para os estudantes do FIES que ficaram endividados durante a pandemia sem conseguir pagar o financiamento estudantil.
Outra pauta apontada como essencial é a regulamentação do ensino privado. Segundo a entidade, eles possuem um “monopólio” e acreditam que isso desmotiva os estudantes de baixa renda. Por fim, eles também pedem pela criação da Universidade de Integração da Amazônia, que uniria os países que fazem fronteira na floresta e auxiliaria na preservação ambiental.