A Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) abriu um processo administrativo para investigar o professor de sociologia denunciado por racismo. O caso veio à tona depois que alunos espalharam cartazes com as falas preconceituosas ditas pelo docente.
Apesar de o Centro Acadêmico Lélia Gonzalez (CALZ), dos cursos de graduação em Antropologia e Arqueologia da faculdade, ter publicado uma nota de repúdio no dia 7 de julho, a ouvidoria da universidade só recebeu a denúncia na tarde desta terça-feira (11/7).
De acordo com os cartazes, o professor teria afirmado que alunos indígenas teriam que ser expulsos da comunidade acadêmica. "Nós, professores, temos que decidir se jubilamos (expulsamos) esses alunos 'índios', porque nem a nossa língua eles falam", diz um cartaz.
As falas estão creditadas apenas a um "professor de sociologia". Em outro cartaz, a frase "os africanos possuem um apetite sexual maior, por isso o contingente populacional é tão grande" também é atribuída ao docente.
Na nota de repúdio, o Centro Acadêmico afirma que as atitudes do professor têm sido prejudiciais aos alunos por serem incompatíveis com os princípios de "igualdade, diversidade e inclusão", que deveriam nortear o ambiente educacional. "O papel do professor é orientar os alunos na construção do conhecimento, estimulando o pensamento crítico e a reflexão, mas jamais propagar discursos de ódio ou perpetuar ideologias preconceituosas", afirmou o centro, em nota divulgada nas redes sociais.
A UFMG afirmou que repudia toda forma de discriminação e "seguirá comprometida para promover o esclarecimento dos fatos, com o devido rigor processual".
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