O Desafio LED - Me dá uma luz aí! 2023 chegou a sua fase final trazendo à tona ideias inovadoras de mais de 2 mil estudantes. A competição desafiou os participantes — universitários de todo o Brasil— a apresentar soluções criativas para problemas enfrentados no cotidiano de suas jornadas educacionais. O anúncio dos vencedores do desafio aconteceu neste sábado (17/6), no palco LED.
No encontro, comandado pelo apresentador Marcos Mion, os finalistas tiveram a oportunidade de apresentar suas soluções perante o público e um júri composto por especialistas. Os finalistas concorrem a um prêmio de R$ 300 mil reais, divididos entre as ideias vencedoras.
O Desafio LED - Me dá uma luz aí! 2023 é uma oportunidade de destacar e reconhecer as ideias e projetos inovadores desenvolvidos por estudantes brasileiros. A competição não apenas impulsiona a criatividade e o empreendedorismo na área educacional, mas também oferece uma plataforma para que esses jovens talentos compartilhem suas soluções e inspirem outras pessoas a promover projetos inovadores.
O júri e a premiação
O júri foi composto por Alexandre Vermeulen, presidente da Invest.Rio, agência de atração e promoção de investimentos da prefeitura do Rio; Bia Santos, empreendedora e fundadora da Barkus; Nathalia Arcuri, empreendedora e fundadora da Me Poupe!; e Wesla Monteiro, pedagoga e ativista pela educação. Eles avaliaram os projetos com base em critérios como inovação, aplicabilidade, impacto social e viabilidade.
Os finalistas tiveram a oportunidade de apresentar suas soluções no palco do LED Inspira, no auditório do Museu do Amanhã. Os estudantes tiveram tempo limitado para fazer o seu "pitch" (defesa de ideia) e convencer o júri sobre a relevância e eficácia de suas ideias.
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Os cinco projetos finalistas foram selecionados entre mais de 2 mil. Cada um deles com abordagens inovadoras para enfrentar os desafios do cenário educacional atual. Eles são:
1- ASDO: O projeto da estudante mineira de gestão de serviços de saúde Andressa Silva busca popularizar a conexão entre pesquisadores e voluntários para pesquisas científicas. Por meio de uma plataforma, os pesquisadores podem publicar seus trabalhos em linguagem acessível para que todos os interessados em participar se inscrevam. Os dados dos voluntários serão lidos para agilizar a parte qualitativa e reduzir os custos de futuras pesquisas. "Desenvolvendo a ciência, nós avançamos nas áreas da saúde. Vamos juntos popularizar o conhecimento científico?", encerrou a candidata.
2- TOWNQUIM: A iniciativa do paranaense e estudante de administração pública e políticas públicas Alexandre Carvalho é um ecossistema que dialoga com pesquisadores para transformar pesquisas ociosas em universidades em políticas públicas. O intuito é evitar a evasão desses pesquisadores trazendo atenção para seus feitos ao colocar as pesquisas dentro de uma plataforma de conexão com órgãos públicos. O ecossistema identificaria o problema social atrelado àquela pesquisa —seja ela um projeto de extensão, iniciação científica ou TCC— e faria a ponte entre pesquisador e recursos.
3- UNI.LAUNCH: O projeto de Eurico Volpi, estudante de gastronomia, é desenvolver um ecossistema colaborativo integrado para cadastrar horas complementares, essenciais para a formação de todo universitário. A ideia é transformar essas horas em um escambo entre os estudantes de todas as áreas, "uma troca de serviços e conhecimentos", explica. Pode acontecer de diversas formas, como monitoria, pesquisa ou prestação de serviços freelancer. A ideia é desenvolver um aplicativo para conectar os alunos interessados dentro da universidade. Dessa forma, os estudantes terão suas horas de forma coletiva e enriquecedora.
4- COMPARTILHA AÍ: O projeto da estudante de odontologia Lorena Trigueiro visa facilitar o acesso dos estudantes de diversos cursos aos materiais necessários para sua conclusão. Esse processo aconteceria por meio de conexões entre os estudantes para venda, doação ou aluguel de equipamentos e materiais. Pensando nisso, a estudante desenvolveu a iniciativa, que tem foco sustentável e social. Segundo a candidata, o Compartilha Aí seria um aplicativo intermediador para quem quer ajudar alguém a realizar o sonho do ensino superior.
5- ENTRE PONTOS: A estudante de engenharia de controle e automação Maria Eduarda de Carvalho desenvolveu o projeto pensando no desafio diário de alunos de chegar à universidade todos os dias. Por conta disso, ela pensou em um aplicativo de carona, para que estudantes que compartilhem o mesmo trajeto se ajudem a chegar na universidade sem o risco de ir para estações ou paradas em horários pouco movimentados. Além da função prática, a plataforma também é um ambiente para criação de vínculos e amizades. Segundo ela, há potencial para reduzir a vulnerabilidade, promovendo paz e segurança para todos.
Maria Eduarda Carvalho foi a grande vencedora do desafio, seguida por Alexandre, em segundo lugar. O prêmio total de R$ 300 mil reais foi assim dividido: 85 mil para cada um dos dois primeiros colocados; 60 mil para Enrico Volpi, que ocupou o terceiro lugar; 40 mil para a quarta colocada, Andressa Silva; e 30 mil para o quinta finalista, Lorena trigueiro.