Acadêmicos do Rensselaer Polytechnic Institute, em Nova York, nos EUA, perderam cerca de 20 anos de pesquisa após um zelador desligar um freezer no laboratório do campus. Ele teria desligado o aparelho para tentar parar "um bipe irritante".
O caso ocorreu em 2020 e agora os pesquisadores entraram com uma ação de mais de US$ 1 milhão contra a empresa de limpeza, a Daigle Cleaning Systems Inc, por não ter treinado o zelador. A empresa fazia o serviço desde 2000, e o funcionário trabalhou na empresa por apenas alguns meses em 2020.
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Dentro do laboratório, a equipe do de pesquisa ajustava o freezer para -80 graus Celsius, e mesmo uma "pequena flutuação de temperatura de três (3) graus causaria danos catastróficos e muitas culturas de células e amostras poderiam ser perdidas", de acordo com o processo.
Na época, o freezer foi supostamente configurado para soar se a temperatura subisse para -78 °C ou descesse para -82 °C. Esse alerta disparou em 14 de setembro de 2020, embora a equipe de pesquisa tenham constatado que as amostras de células eram seguras a -78, chamaram o fabricante do freezer, que devido às restrições da covid-19, só poderiam atender a solicitação no dia 21 de setembro.
Mas, em 17 de setembro, o funcionário da limpeza Joseph Herrington relatou ter ouvido "alarmes irritantes" vindos do freezer, disse o advogado do autor da ação, Michael Ginsberg, à NBC News na segunda-feira (26/6). Herrington supostamente temia que os disjuntores estivessem desligados e agiu para ligá-los.
"A ação tomada por Herrington foi um erro em sua leitura do painel", de acordo com um relatório de incidente citado no processo. "Na verdade, ele moveu os disjuntores da posição 'ligado' para a posição 'desligado' por volta das 20h30. No final da entrevista, ele ainda não parecia acreditar que tinha feito algo errado, mas estava apenas tentando ajudar", disse o advogado.
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Quando a equipe de pesquisa apareceu no dia seguinte, ficou atônita ao encontrar o freezer desligado e a temperatura alta, -32 °C , de acordo com o processo.
Herrington não foi citado como réu no processo, apenas o empregador na época, a Daigle Cleaning Systems. "Com base em informações e crenças, Joe Herrington é uma pessoa com necessidades especiais", diz o processo. "Apesar desse conhecimento, o Réu não treinou adequadamente Joe Herrington antes e enquanto Joe Herrington desempenhava suas funções como funcionário do Réu."
A ação judicial não especificou o valor da indenização, mas diz que é superior a US$ 1 milhão.
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