PRÊMIO

Iesb conquista 1º lugar em prêmio nacional com projeto de próteses 3D

Iniciativa produz e distribui, gratuitamente, próteses 3D para crianças e adultos com ausência total ou parcial de membros superiores

Diogo Albuquerque*
postado em 31/03/2023 20:46 / atualizado em 31/03/2023 21:10
Prótese ajuda na promoção da autoestima das crianças e demais beneficados -  (crédito: Divulgação/Iesb)
Prótese ajuda na promoção da autoestima das crianças e demais beneficados - (crédito: Divulgação/Iesb)

O Centro Universitário Iesb conquistou o 1º lugar no Prêmio Nacional de Gestão Educacional (PNGE) 2023, com o projeto i.Prótese, na categoria responsabilidade social. A proposta produz e distribui próteses 3D de forma gratuita para crianças e adultos com ausência total ou parcial de membros superiores. O prêmio foi recebido pelas mantenedoras da universidade, professora Eda Machado e Liliane Barbosa.

As próteses são produzidas no Laboratório Maker do IESB, com a participação de estudantes e docentes dos cursos de arquitetura, ciência da computação, design de moda e direito, sob a supervisão da professora Larissa Cayres, coordenadora dos cursos de arquitetura e urbanismo e de design de interiores. “A ideia surgiu da vontade dos professores de utilizar as impressoras 3D para além de simples impressões de projetos de maquete, somado a nossa percepção da necessidade de produzir próteses para a parte superior do corpo, que são pouco privilegiadas pelo governo”, afirma.

A partir de uma base de modelagem tridimensional, são tiradas as medidas do paciente, feitas adaptações manuais, impressão de teste e personalização, de acordo com o desejo da criança. Para casos gerais, a prótese leva até três meses para ficar pronta. Em casos específicos, esse tempo pode variar. “Esse projeto ajuda não só na questão visual, mas também na emocional, uma vez que ajuda a elevar a autoestima das pessoas, principalmente das crianças. Elas podem personalizar a cor, a estampa para um personagem preferido. Se sentem verdadeiros heróis”, destaca.

  • Divulgação/Iesb
  • Divulgação/Iesb

As próteses funcionam com movimento de agarrar. “Elas abrem e fecham usando a flexão do punho ou cotovelo para criar a tensão para fechar os dedos. Portanto, o indivíduo que vai recebê-las deve ter um punho ou cotovelo funcional para poder tirar o máximo proveito na utilização dos dispositivos”, explica a professora Larissa. O projeto tem parceria com a faculdade de arquitetura e urbanismo da UnB e com a Associação Lele. “Temos feitos estudos para avançar para outras soluções. Ainda há muito a ser melhorado”, reforça.

Apenas com a prescrição médica da prótese é iniciado o processo de modelagem e impressão do dispositivo de acordo com as medidas do paciente e necessidades de adaptação. Também é feito avaliação junto a família e ao futuro usuário, explicando como é feito o uso, indicando as possibilidades e limitações. O interessado em adquirir a prótese de mão confeccionada pelo Iesb deve entrar em contato direto com o Centro Universitário pelo e-mail iprotese@iesb.br

Consagrado como o prêmio mais importante para a gestão educacional brasileiro, o objetivo do PNGE é reconhecer as melhores práticas, destacar as instituições vencedoras no mercado e compartilhar caminhos possíveis para se atingir bons resultados. Desde 2008, 110 unidades de ensino foram premiadas, reconhecendo os trabalhos de instituições de ensino básico e superior do norte ao sul do país. A cerimônia de entrega do prêmio ocorreu  quarta-feira (29/3), em São Paulo.

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