Médicos intercambistas (brasileiros e estrangeiros não revalidados) que fizeram a segunda etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida 2022/2) podem conferir os resultados da prova a partir da tarde desta sexta-feira (24/3). A participação na segunda etapa é condicionada à aprovação na primeira, composta por prova objetiva e discursiva.
Os resultados estão disponíveis no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC). As provas foram aplicadas nos dias 3 e 4 de dezembro do ano passado.
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Na próxima segunda-feira (27) começa o período de indicação da universidade pública revalidadora do diploma.
Como funciona
O Revalida possui duas etapas, uma teórica e outra prática. Elas abordam as cinco grandes áreas da medicina, que são: cirurgia, clínica média, obstetrícia, pediatria, clínica médica e saúde coletiva. O objetivo do exame é avaliar se os médicos com diplomas tirados fora do país possuem as competências necessárias para atender às necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
Aumento na revalidação
A quantidade de médicos que tiveram de revalidar seus diplomas cresceu exponencialmente nos últimos anos. Mesmo com a pandemia, o período entre 2020 e 2021 foram os que mais registraram aumento dos registros.
- 2013-2016 (Dilma Rousseff): 3.471
- 2016-2018 (Michel Temer): 7.021
- 2019-2022 (Jair Bolsonaro): 21.094
O aumento da necessidade de revalidar diplomas foi implementada pelo governo Jair Bolsonaro (PL), puxada por desconfiança da capacidade de médicos cubanos, que realizavam atendimentos em diversas áreas do Brasil por meio do programa Mais Médicos. A medida do ex-presidente foi considerada como ideológica, devido à presença de profissionais de Cuba.
Em outubro do ano passado, o ex-presidente criticou os profissionais e afirmou que eles "não sabiam nada", mesmo sem apresentar qualquer estudo ou levantamento sobre o tema.
"Esse era o programa do passado, Mais Médicos, do PT, um serviço que escravizava nossos irmãos cubanos e que não atendia a população, porque [os cubanos] não sabiam absolutamente nada de medicina", afirmou.
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