Os atos de terrorismo e vandalismo registrados recentemente na Praça dos Três Poderes levaram a reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, a encaminhar ofícios ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), à Polícia Federal (PF) e ao Ministério da Educação (MEC) solicitando de que a universidade seja incluída no rol de instituições públicas com monitoramento especial da PF e da área de inteligência federal, com a finalidade de garantir a segurança patrimonial e da comunidade universitária. A dirigente da UnB requisitou, ainda, audiência com o interventor federal na segurança pública do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, para reforçar a solicitação.
A medida foi aprovada em reunião conjunta com membros da administração superior da UnB, realizada segunda-feira (9/1). Segundo a reitora, a preocupação maior recai sobre o câmpus Darcy Ribeiro, por se tratar de um local aberto, sem muros ou estruturas que definam seus limites. “A UnB tem histórico de resistência. Não podemos nos recolher diante dsse tipo de ameaça. Todos nós, infelizmente, estamos hoje em risco e temos que ficar muito atentos. Nós precisamos, como uma universidade, dar o exemplo de que as instituições têm de funcionar. Nossas unidades estão funcionando plenamente”, disse Abrahão.
Durante a reunião, os pesquisadores da UnB se colocaram à disposição de órgãos do governo federal para avaliar o prejuízo ao patrimônio histórico e artístico causado durante a invasão do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto. Em nota, à comunidade universitária, o Conselho do Instituto de Artes da UnB afirma repudiar veementemente os atos terroristas contra a democracia, o patrimônio público, o patrimônio artístico e cultural ocorridos em Brasília. “Não podemos fechar os olhos para o quão grave foram os ataques e entendemos que todos os envolvidos devem ser investigados e punidos na medida da lei”, ressalta a nota.