A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está sem dinheiro para pagar as contas de água, luz, telefonia e serviços terceirizados e as bolsas de ensino, pesquisa e extensão em dezembro. A situação, afirma a reitoria em nota, foi causada pelo congelamento de recursos anunciado no dia 1º de dezembro.
O contingenciamento das verbas para o último mês do ano já havia sido divulgada em 28 de novembro, mas o Ministério da Educação liberou os recursos em seguida. No mesmo dia, o Tesouro Nacional congelou todos os pagamentos do ministério, atingindo todas as universidades e institutos federais.
A maior federal do estado aponta que até contratos já firmados, cujos serviços já foram realizados e cujo pagamento seria feito neste mês, estão comprometidos.
Apenas os recursos destinados à assistência estudantil estão garantidos para o mês. Os demais pagamentos devem atrasar indefinidamente.
'Rotina'
A nota afirma que “os bloqueios já viraram rotina na vida das universidades e institutos federais nos últimos anos e atingiram escalas insuportáveis” e que eles “não fazem jus à sua relevância para a sociedade brasileira”, referindo-se ao papel das universidades durante a pandemia.
O orçamento para 2022 foi R$ 32 milhões inferior ao do ano de 2021 e semelhante ao de 2008 — antes da expansão através do Reuni, apontou a reitoria da UFMG. A previsão, indicada pela Lei Orçamentária Anual, é que ele seja ainda menor em 2023.