A recém-criada Câmera de Direitos Humanos (CDH) da Universidade de Brasília (UnB) instituiu dois prêmios inéditos, Mireya Suárez e Anísio Teixeira, a serem concedidos para práticas e iniciativas da comunidade acadêmica que tenham o comprometimento da melhoria educacional e a disseminação dos direitos humanos. A decisão foi anunciada na primeira reunião presencial, realizada na segunda-feira (19), no Salão de Atos da Reitoria.
O prêmio Mireya Suárez visa valorizar e colocar em evidência projetos que se comprometem com as práticas pedagógicas emancipatórias de direitos humanos desenvolvidas no âmbito da UnB. A avaliação dos candidatos será realizada por meio de programas, projetos e ações de ensino, pesquisa e extensão universitária. A instituição pretende selecionar, anualmente, quatro práticas pedagógicas na área de educação.
A nomeação do prêmio foi uma homenagem à professora Mireya Suárez, falecida em 2019. No âmbito acadêmico, Mireya destacou-se por ajudar na reconstrução do núcleo de estudos antropológicos da UnB, em 1969, quatro anos após ser desativado. Além disso, ela foi cofundadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher na universidade.
Já o prêmio Anísio Teixeira rende homenagem a um dos maiores educadores do país, que organizou o plano educacional de Brasília. A nova bonificação pretende incentivar iniciativas que busquem a ascensão do ensino na realidade atual. Em especial, na pesquisa e na extensão universitária, que contribuam para atingir os objetivos da política de direitos humanos da universidade. Anualmente, serão selecionadas iniciativas que contribuam para a construção de um ambiente plural, democrático e diverso na instituição.
De acordo com a professora e secretária de Comunicação da UnB e integrante da CDH, Mônica Nogueira, a regulamentação dos prêmios anuais contribuiu para a promoção de direitos humanos, estabelecida na Resolução do Consuni 031/2021, que define a Política de direitos humanos da UnB.
Este foi o primeiro encontro realizado de maneira presencial na CDH. O primeiro havia sido realizado virtualmente em maio, com a instalação da câmara. “É uma satisfação enorme poder reunir presencialmente a Câmara de Direitos Humanos da UnB e colocar em discussão temas tão caros para a nossa comunidade”, afirma a reitora Márcia Abrahão”, observando, ainda, que a Câmara dos Direitos Humanos é imprescindível par a inclusão do respeito e da garantia de direitos de toda diversidade que compõe a UnB.