Faleceu nesta semana, aos 81 anos, o cientista, escritor e acadêmico da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, Romero Marinho de Moura, reconhecido por seus relevantes serviços ao desenvolvimento da ciência nematológica e fitopatológica no Brasil e no exterior.
Professor aposentado e engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), na turma de 1965, onde, além de mestre, foi pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da instituição de ensino, Romero morreu na segunda-feira (13), de causa não divulgada.
Entre as diversas homenagens, durante a sua trajetória, recebeu o título de Professor Emérito da UFRPE, cuja administração superior decretou luto oficial de três dias, sem prejuízo das atividades acadêmicas e administrativas.
Por meio de nota, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lamentou profundamente o falecimento do professor Moura, destacando a sua atuação como pesquisador do Conselho desde 1976, tendo sido do nível 1A por mais de 17 anos, e membro do Comitê de Agronomia do CNPq por muitos anos.
“Foi o primeiro Ph.D., primeiro Professor Titular e Professor Emérito da UFRPE. Foi um dos pioneiros da Escola Fitopatológica de Pernambuco e fundador da Pós-graduação em Scrito Sensu em Fitossanidade e Fitopatologia da UFRPE. Também atuou como Pró-Reitor de Pesquisas e Pós-Graduação na UFRPE por oito anos consecutivos”, destaca trecho da nota do CNPq.
A Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN) e a Academia Pernambucana de Ciências também se manifestaram por ocasião do falecimento do professor Moura, destacando a sua trajetória.
A atriz Luisa Arraes, neta de Moura, registrou, em uma de suas redes sociais, que o avô materno, pai da também atriz Virginia Cavendish Moura, e de quatro tios, sempre ensinou que o segredo da vida reside em três pilares básicos: paciência, paciência e paciência.
“Carrego essas palavras comigo como um mantra. Ele sempre foi um exemplo de serenidade para mim — o que considero a mais alta qualidade que um ser humano pode ter. Foi assim até a hora de sua partida, com uma tranquilidade típica dele e o desejo de que vivêssemos nossa vida com a maior alegria que pudéssemos”, escreveu Luisa.
O velório foi realizado na tarde de segunda-feira, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista (PE), onde o corpo de Moura foi cremado.