Faleceu no domingo (11/9), aos 79 anos, o professor e escritor Antonio Arnoni Prado, considerado um dos maiores nomes da crítica literária no Brasil.
Mestre e doutor pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP), com pós-doutorado na Fondazione Feltrinelli, de Milão, Prado publicou, como resultado de sua tese de doutorado, o ensaio Itinerário de uma falsa vanguarda (1983), hoje considerado clássico no exame do modernismo brasileiro.
Autor de Trincheira, palco e letras e Cenário com retratos, que reúnem artigos e ensaios de sua autoria, organizou, ainda, artigos do historiador, sociólogo e escritor Sérgio Buarque de Holanda — pai de Chico Buarque — para os dois volumes de O espírito e a letra (1996).
Antonio Arnoni Prado lecionava desde 1979 na Universidade de Campinas (Unicamp) e foi professor visitante em diversas universidades europeias e norte-americanas.
Seu último livro publicado foi O Último Trem da Cantareira, com referência à infância do autor. Na obra, ele retrata os últimos momentos de um professor durante uma homenagem. Faleceu devido a complicações de um tumor no cérebro, que tratava há anos.