O Brasil tem 21 universidades entre as mil melhores do mundo, todas elas públicas, elencadas no Ranking Xangai 2022, divulgado nesta segunda-feira (15). O levantamento considera seis critérios básicos, como o número de prêmios Fields, considerado o Nobel da matemática, e o próprio prêmio Nobel, concedido a alunos e professores de pós-graduação, assim como o número de publicações nas revistas Nature e Science. Nesta edição foram examinados mais de 2.500 universidades para definir os mil primeiros classificados. O Ranking Xangai é realizado desde 2003 pela instituição independente Shanghai Ranking Consultancy.
Entre as 21 instituições de ensino superior brasileiras, a Universidade de São Paulo (USP) foi a mais bem cotada da América Latina, figurando entre as 150 melhores do mundo. Na sequência vem a Unicamp, que ficou em 301º entre as 400 melhores, seguida pela Universidade Federal de Minas Geais (UFMG), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Universidade Estadual Paulista (Unesp) de 401 a 500; UFPR, Universidade Federal de São Carlos, Unifesp e Federal de Viçosa, de 601 a 700; Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade de Brasília (UnB), de 701 a 800; Universidade Federal do Ceará (UFC), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Federal de Santa Maria e Federal de Pelotas de 801 a 900; e Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) de 901 a 1.000.
No continente latino-americano, as mais bem classificadas depois da USP foram a de Buenos Aires e a Universidade Nacional Autônoma de México (UNAM), na listagem de 201 a 300 melhores. Pelo vigésimo ano consecutivo, Harvard ficou em primeiro lugar. Oito universidades americanas e duas britânicas ocupam o topo desta edição. A exemplo de 2021, os estabelecimentos de ensino anglo-saxões aparecem nas dez primeiras colocações.
No topo da lista, depois da Harvard, parece a também as norte-americanas Stanford, Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), que desbancou a britânica Cambridge, que neste ano foi para a quarta posição. Berkeley e Princeton, também dos Estados Unidos, estão em quinto e sexto lugares, respectivamente; a britânica Oxford em sétimo, Colúmbia em oitavo; Instituto de Tecnologia da Califórnia em nono e a Universidade de Chicago em décimo.
A predominância de instituições norte-americanas segue até a posição 16, seguida pela francesa Universidade Paris-Saclay. No total, 39 das 100 melhores são americanas. Das restantes, 14 são da Ásia e outras 32 da Europa.
Em maio deste ano, universidades chinesas decidiram não participar mais de rankings classificatórios. A decisão foi anunciada pelo presidente Xi Jinping, após visita à Universidade Renmin. Na ocasião, ele declarou que o país tem história única e que, por isso, não deve copiar modelos ou padrões estrangeiros.