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Educação

Universidades públicas têm perda de investimento desde 2015

A pesquisa foi divulgada pelo Centro de Estudos Sou Ciência, da Unifesp, durante a SBPC. Mesmo assim, confiança da sociedade nos cientistas aumentou após a pandemia

Um estudo, divulgado durante o 74º Encontro Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), revela que as universidades federais do Brasil perderam quantidade significativa de investimento desde 2015. Enquanto os valores investidos na educação superior pública em 2014 ultrapassaram os R$ 3 bilhões, no ano seguinte, o número caiu para menos de R$ 1 bilhão.

Atualmente o cenário é pior ainda. De acordo com o texto aprovado da Lei Orçamentária Anual de 2022, todo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) recebeu apenas R$ 12 milhões de verbas da União.

Para a professora Soraya Soubhi Smaili, professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que participou da elaboração do estudo Atuação da Ciência e das Universidades Públicas em defesa da Vida durante a pandemia da covid-19 e faz parte do Centro de Estudos Sou Ciência’ a motivação no momento é enfrentar as dificuldades para continuar a desenvolver a ciência no país.

"Temos que articular todas as nossas forças para enfrentar esse problemas que assolam o país. E nossas universidades são capazes de enfrentar todas essas adversidades. Só ver como ela superou essa pandemia", argumentou.

Confiança nos cientistas aumenta

Além da queda nos investimentos, a crise sanitária revelou um aumento da confiança da população, em geral, nos cientistas e na própria ciência, como revela o mesmo estudo produzido pela Unifesp.

De acordo com a publicação, que pode ser encontrada no site do Sou Ciência, após a pandemia de Covid-19, os cientistas são o grupo que mais recebem confiança dos brasileiros, com cerca de 30% das respostas. A pesquisa abrange diversas categorias, como médicos e políticos.

“Hoje, os cientistas são os que mais têm confiança entre os profissionais analisados pela pesquisa. Eles ganharam um lugar na sociedade, por conta das ações na pandemia”, revelou a professora sobre os dados do estudo.

*Estagiário sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza

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