Eu, Estudante

Manifestação

Servidores da Capes promovem manifestação contra desmonte do órgão

Ação, prevista para ter início às 10h desta sexta-feira (13), culminará com abraço à sede da fundação no Setor Bancário Norte

Servidores da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação vinculada ao Ministério da Educação, com apoio da Associação dos Servidores da Fundação Capes (Ascapes) e Sindicato Nacional dos Gestores Públicos em C&T (SindGCT), promovem nesta sexta-feira (13/5) protesto em frente à sede do órgão, no Setor Bancário Norte, em Brasília. Eles reivindicam melhores condições de trabalho, manutenção de expediente remoto, reformulação de edital para garantia de qualificação profissional e aumento do número de vagas. A ação terá início às 10h, com um café informativo e culminará com um abraço coletivo ao prédio-sede do órgão.


A Capes tem por atribuição conceder bolsas a pesquisadores em todas as áreas do conhecimento, contribuindo, assim, para a formação de profissionais de alto nível, e realiza atividades como divulgação da produção científica, avaliação de cursos de mestrado e doutorado no país, intercâmbio de professores universitários e fomento à formação de docentes para a educação básica.


Em 6 de maio último, dezenas de servidores se reuniram em assembleia, quando foram elencadas ações prioritárias que poderiam reverter, em parte, a situação de evasão o sentimento de desvalorização da categoria, como a implementação urgente do programa de gestão com o teletrabalho e o cumprimento do Programa Institucional de Desenvolvimento de Pessoas.

Evasão

Em carta aberta encaminhada recentemente à presidência e às diretorias da Capes, a diretoria executiva da Ascapes manifesta descontentamento com a morosidade na implementação do Programa de Gestão e Desempenho na instituição e a progressiva desvalorização do trabalho e limitação de direitos. Pontua que a Capes é reconhecida pelo seu comprometimento com a expansão e consolidação do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG) e com a formação inicial e continuada de pessoas para atuar na docência da educação básica e alerta que, atualmente, a fundação tem sua missão ameaçada por um processo acelerado de esvaziamento do quadro permanente de servidores, com a constante evasão dos profissionais para outros órgãos, seja por cessão, requisição ou movimentação.


A carta aberta frisa ainda que, em relação ao Programa de Gestão, a Ascapes participou de várias reuniões sobre o tema no ano passado e o órgão manifestou-se favorável à implementação do programa com o teletrabalho na instituição. E pondera que, passados mais de seis meses desde a apresentação da proposta, não houve avançou e implementação do programa.


Alerta ainda o documento que a progressão na carreira de analista em ciência e tecnologia depende da oportunidade de qualificação profissional, além de ser uma formação importante para a qualificação dos assistentes. E ressalta que a valorização dos servidores por meio da manutenção do direito ao afastamento das atividades laborais para qualificação e formação, bem como o avanço na implementação do teletrabalho, ajudarão a frear o fluxo de evasão de servidores da casa que buscam atualmente outros órgãos. A reportagem não conseguiu falar com as assessorias da Capes e do Ministério da Educação.