Representantes indígenas da Bahia se reuniram nesta quinta-feira (7) com o ministro interino da Educação, Victor Godoy, para tratar de assuntos relacionados à pauta educacional, como o Programa Bolsa Permanência (PBP), que disponibilizou 2 mil vagas em janeiro para estudantes indígenas e quilombolas. Godoy afirmou que o MEC deverá oferecer mais mil novas bolsas ainda neste ano, o que representará investimento anual de quase R$ 11 milhões.
"O Governo Federal está ciente das demandas indígenas e hoje estabelecemos um importante diálogo com algumas de suas lideranças. Essas ações anunciadas serão fundamentais para transformar suas vidas e apoiar ainda mais a participação dos indígenas no ensino superior", disse o ministro interino, reforçando a importância da reunião e das bolsas para a população indígena.
Expectativa
A reunião contou com a presença de professores e líderes dos povos Tuxá, Kaimbé, Truká Tupã, Pataxó Hã-Hã-Hãe e Kiriri. De acordo com a professora e coordenadora estadual de educação escolar indígena NTE 17 de Ribeira do Pombal (BA), Cirila Kaimbé, o encontro foi positivo e deve resultar em alinhamento de demandas. “A questão das bolsas vai ser um avanço para nossos indígenas, pois muitos deles estão com expectativas para incentivo e continuidade na universidade, uma vez que não têm condições de arcarem com os custos por conta própria. Com a bolsa, eles podem concluir seus estudos”, disse ela.
As inscrições para o PBP estão previstas para julho e o valor da bolsa será de R$ 900 mensais. O programa é destinado à concessão de bolsas para estadia de estudantes de graduação em instituições federais de ensino superior que têm a finalidade de minimizar as desigualdades sociais, étnico-raciais e contribuir para permanência e diplomação dos estudantes de graduação em situação de vulnerabilidade socioeconômica, em especial os indígenas e quilombolas.