O crescimento do número de casos da covid-19, com a circulação da variante Ômicron e o surto de influenza A (H3N2), nos últimos dias, colocaram em risco a retomada das atividades presenciais no Brasil. Com o aumento da ocupação de leitos nas unidades de saúde, médicos e especialistas afirmam que já está na hora de revisar as medidas de restrições que foram afrouxadas nos últimos meses.
Entre as atividades que estão comprometidas com a possível retomada das restrições mais rígidas está a volta às aulas presenciais nos grandes centros de ensino. Na última semana, universidades do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Minas Gerais anunciaram a suspensão das atividades presenciais devido ao aumento de casos da covid-19.
Em Pernambuco, onde existe a circulação da variante Ômicron e um surto de influenza A, as universidades mantêm o calendário de aulas em formato híbrido — com atividades presenciais e remotas, mas estudam a possibilidade de adiamento.
O que dizem as instituições
A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), está com a volta para o ensino presencial marcada para o dia 31 de janeiro. As diretrizes do Conselho de Ensino da instituição determinam que pelo menos 70% das atividades devem ocorrer presencialmente e 30% da carga horária deve ser cumprida de forma remota e assíncrona. No entanto, a instituição afirmou que dentro dos próximos dias uma reunião será convocada para discutir a retomada.
A Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), que está com a retomada de 60% das atividades presenciais marcadas para 14 de fevereiro, também afirmou que o Conselho Universitário irá se reunir nos próximos dias e, dependendo do cenário, "a volta poderá ser modificada".
A Universidade Católica de Pernambuco promoverá uma reunião, na próxima terça-feira (11), para revisar o plano de retomada às atividades presenciais, que estão previstas para começar em 14 de fevereiro. Com 60% dos componentes curriculares de todos os cursos previstos para retomar presencialmente em 21 de fevereiro, a Universidade de Pernambuco (UPE) optou por manter a retomada das atividades, mas afirmou que continuará monitorando a situação.
Todas as instituições contam com um protocolo de biossegurança para a retomadas das atividades presenciais, entre as medidas estão o uso obrigatório de máscaras, higiene frequente das mãos com álcool em gel e distanciamento social. O comprovante de vacina está entre os assuntos que devem ser debatidos e revisados nos próximos dias pelas universidades e é determinante para o plano de retomada.