Cilene Maria Lopes Trajano, Danielle Soares da Silva e Jennifer Estácio Anunciação são três amigas, estudantes e jovens pesquisadoras do curso de ensino médio integrado em eletrônica do Instituo Federal de Brasília (IFB)/ Campus Ceilândia. Sob a orientação da professora do IFB Patricia Silva Santiago Melo elas estão trabalhando em um projeto de intervenção pedagógica de acessibilidade, dirigido a estudantes surdos para o aprendizado da disciplina de "Circuito Elétrico". A previsão para a entrega do produto final é para o segundo semestre deste ano, mas cinquenta por cento do projeto já está pronto.
"É muito bacana mesmo e envolve um projeto de acessibilidade para estudantes surdos. Elas identificaram uma situação problema na instituição e, agora estão empenhadas em apresentar uma solução tecnológica que possa beneficiar os colegas", explica a professora Patrícia.
A iniciativa surgiu para apoiar didaticamente colegas surdos no IFB e tem motivado as meninas no desenvolvimento de funcionalidades e aplicações que possam realmente facilitar a compreensão desse público. São utilizados no projeto conhecimentos das áreas de Eletrônica, Tecnologia da Informação e a Linguagem de Libras. É importante ressaltar que todo o projeto conta com a participação Núcleos de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas (Napne), por meio dos servidores e tradutores/ intérpretes Gilcemar Júnior, Thiago Tomé e Juliette Campos — que tem se envolvido desde a preparação de um treinamento para a equipe de jovens estudantes até a tradução dos conteúdos em Libras para uso no aplicativo.
As estudantes já começaram os testes para verificação das seis funcionalidades até o momento disponíveis no "Menu "apresentado no aplicativo. Desde uso de imagens, tradução dos conhecimentos de circuitos elétricos para Libras até uma calculadora estão sendo pensadas para que seja possível facilitar a vida acadêmica do público surdo diante dessa disciplina.
"Por exemplo, a calculadora foi uma sugestão que surgiu ao conversarmos com um dos nossos colegas que é estudante e surdo no Câmpi. Na atual etapa do projeto, precisamos alimentar o aplicativo com os conteúdos sobre a disciplina e seus principais temas. O aplicativo tem os conteúdos traduzidos na linguagem em Libras e faz uso de recursos tecnológicos para aproximar o ensino do estudante", conta Jennifer.
Fonte: IFB