Vitor da Silva, 16 anos, foi aprovado pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) em uma faculdade enquanto estava no primeiro ano do ensino médio, por isso, não pôde assumir a vaga. Sua aprovação não ocorreu em 2019, mas foi adiada para 2020. O Enem foi realizado pelo estudante e ele passou para o curso de matemática no Instituto Federal de Brasília (IFB) e na Universidade de Brasília (UnB).
Por ser menor de idade, quando ele estava no primeiro ano do ensino médio, a família de Vitor precisou entrar com recursos na Justiça para que o jovem não perdesse sua vaga. Após contatar a psicóloga e a professora que acompanharam o jovem durante todo o processo, foi deferido o pedido para que a escola realizasse o Conselho de Classe para avaliação do aluno.
Vitor, agora, obteve a tão sonhada aprovação e concluiu oficialmente o ensino médio: “Tenho como objetivo concluir o curso (de matemática) e seguir para pesquisas científicas, com foco no mestrado e doutorado, principalmente na área de álgebra”, conta.
Altas habilidades
Destacado por sempre estar à frente de seus colegas de turma, o jovem Vitor da Silva Andrade, morador do Paranoá, foi diagnosticado com um laudo de altas habilidades/superdotação quando ainda tinha 11 anos. O diagnóstico veio de uma equipe especializada da Secretaria de Educação do Distrito Federal.
Segundo o laudo, Vitor tem capacidade cognitiva superior, acima da expectativa, para pessoas com mesmo nível escolar, e por este fato, o estudante superdotado integra, desde 2016, o programa de Atendimento Educacional Especializado ao Estudante com Altas Habilidades/Superdotação da SEDF.
"Sempre tive muita dificuldade de me concentrar na escola. Era muito enfadonho pois eu já sabia todo o conteúdo. Acabei tendo problemas de comportamento e no relacionamento com professores e colegas por conta disso, porém, na sala de habilidades eu encontrei um refúgio. Nela, eu fiz muitas olimpíadas, ganhei muitas medalhas e encontrei desafios e colegas”, lembra o estudante.
*Sob a supervisão da subeditora Ana Luisa Araujo