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presidência estudantil

UNE elege estudante do Amazonas como presidente

Bruna Brelaz, 26 anos, é a primeira mulher negra eleita à frente da entidade

Nesse domingo (18), a União Nacional dos Estudantes (UNE) elegeu a estudante amazonense Bruna Brelaz, 26 anos, presidente da entidade. A decisão ocorreu após reunião da diretoria no último dia do Congresso Extraordinário da entidade, realizado pela primeira vez em formato on-line, por conta da pandemia da covid-19 e as medidas de segurança de distanciamento social.

Bruna Brelaz é filiada à UJS (União da Juventude Socialista), presidiu a UEE-AM (União Estadual dos Estudantes do Amazonas) entre 2015 e 2017. A jovem chega à presidência da UNE, após ocupar a diretoria de Relações Institucionais e Tesouraria.


“Entre 2017 e 2019, atuei em Brasília, compondo lutas, levando propostas e debatendo com lideranças políticas as urgências da educação e direitos dos estudantes. Atravessamos, a luta contra o Teto de Gastos, Reforma da Previdência e intensos debates contra o Escola sem Partido e o orçamento da educação. Encarei de frente qualquer possibilidade de tentarem me calar por ser mulher, jovem e negra”, relembra.


Experiente, a estudante assume a UNE em meio aos protestos pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro, os cortes na pasta de educação que ameaçam os programas de permanência e o funcionamento de universidades. Além do ensino remoto e os altos índices de evasão do ensino superior. Atualmente, Bruna mora em São Paulo e é estudante do terceiro semestre na Faculdade Autônoma de Direito.


Para ela, que foi estudante de pedagogia da UEA (Universidade Estadual do Amazonas), e acessou o ensino superior por meio da reserva de vagas, o próximo ano também será intenso nos debates para defender a renovação da “Lei de Cotas” (PL 12.711/2012).


Para a retomada de aulas presenciais, a presidente afirma que a UNE estará recepcionando os estudantes nas universidades, mobilizando e convocando para que seja realizada em segurança e a entidade estará aberta a ouvir os relatos de como as universidades estarão se adaptando ao ensino híbrido. “Entendemos que a universidade de antes não existirá nos mesmos moldes, nem o estudante tem o mesmo perfil, porque muitos deles sequer conheceram as aulas presenciais. Pretendemos também apresentar um projeto para a construção de perspectivas para o retorno das aulas e também que impeça a evasão, criando condições de permanência”, finaliza.