Tecnologia

Pesquisa revela que a tecnologia melhora a qualidade do ensino superior

Mais de de 4 mil diretores de instituições de ensino superior foram entrevistados. 68% deles consideraram que o modelo híbrido de ensino oferece benefícios superiores ao presencial

EuEstudante
postado em 23/07/2021 16:10
 (crédito: Shutterstock)
(crédito: Shutterstock)

Para examinar o impacto da transformação digital na educação, a empresa D2L, player global de aprendizagem, conduziu uma pesquisa com mais de 4.830 diretores de instituições de ensino superior em todo o mundo. A pesquisa inclui participantes em cada um dos principais mercados da América Latina: Brasil, México e Colômbia, sendo que no Brasil participaram 474 instituições de ensino superior (IES).
Um dos destaques desse estudo no país é a perspectiva positiva da capitalização desta transformação, com mais de 90% dessas instituições entendendo que a tecnologia melhora a qualidade do ensino; 68% opinaram que o modelo de aprendizagem híbrida oferece benefícios educacionais superiores ao modelo apenas presencial, sem tecnologia; e 90% afirmando que a sua opinião em relação a tecnologia é mais positiva após a crise causada pelo COVID-19. Além disso, mais de 92% dos respondentes acreditam que instituições de ensino precisam se transformar digitalmente para permitir o crescimento futuro.
Segundo o estudo, a estratégia de transformação digital no Brasil parece ser misturada, com 62% apontando a introdução de novos conteúdos para oferecer uma experiência mais envolvente; 57% informando a necessidade de novas tecnologias para melhorar a experiência de aprendizagem digital; e 55% declarando que a transição digital levou ao bom uso das ferramentas síncronas.
“Os resultados mostram que a pandemia apenas alterou a urgência de um processo que vinha ocorrendo em grande parte das IES em todo o Brasil, com 70% das instituições afirmando que a Covid-19 acelerou a sua estratégia digital. Mais da metade das instituições informaram que a prioridade para os próximos 24 meses são a ampliação da oferta on-line, o investimento em infraestrutura e novas tecnologias”, disse o diretor da D2L no Brasil, Peterson Theodorovicz.

“O desafio agora é manter a consistência da produção educacional e olhar para o próximo estágio da evolução digital do setor”, destacou. O principal obstáculo para a transformação digital na América Latina é o acesso dos alunos à internet e aos dispositivos digitais (45%). Segue-se o custo da transformação no Brasil (35%).
Ao chamar a atenção para a lacuna de habilidades digitais entre acadêmicos, as instituições da América Latina estão ecoando um problema que foi citado por universidades em todo o mundo enquanto tentam implementar uma estratégia de transformação digital. Evidentemente, os educadores acharam a adoção de alguns novos modos de ensino mais fácil do que outros, mas em linhas gerais os entrevistados da América Latina indicam que a transição para o aprendizado on-line vem com seus desafios, com a maioria das respostas (35%) descrevendo-a como “um tanto difícil”.
“O desenvolvimento profissional - especialmente em termos de habilidades digitais aprimoradas - facilita essa transição. Para a maioria dos entrevistados, a falta de suporte no uso de ferramentas digitais para fornecer educação é o maior desafio para a aprendizagem on-line”, comenta Peterson.
Ainda segundo o diretor, os resultados das iniciativas de transformação digital adotadas são promissores. “Passado o período emergencial da transição, se percebe um planejamento mais adequado de preparo dos professores, modelos pedagógicos, ferramentas e conteúdo, resultando em novas oportunidades de colaboração e um maior engajamento da comunidade acadêmica e alunos com esta transformação digital mais estruturada”, afirmou o diretor.

 

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação