Análise de dados

postado em 11/07/2021 06:00 / atualizado em 11/07/2021 15:06

Fundada em 2017, a Sala de Situação de Saúde da UnB, coordenada por Jonas Brant e Mauro Sanchez, epidemiologistas e professores da Faculdade de Ciências da Saúde, se dedicou a adequar as análises feitas pelo projeto à pandemia do novo coronavírus. “A sala de situação consegue sistematizar o conhecimento e estabelecer uma análise de dados para a tomada de decisão dos gestores. Começamos a nos organizar quando começou a ser veiculado, em janeiro (de 2020), o risco da pandemia. Entendemos que esse surto era uma emergência de saúde pública de grande importância e começamos os planos de contingência. Inclusive, criamos uma disciplina de extensão dentro do departamento”, explica.

A sala de situação produz, semanalmente, análises de riscos de acordo com a capacidade de vigilância, estrutura dos hospitais, disponibilidade de unidades de terapias intensivas (UTIs) e o número de casos e mortes da covid-19. “No DF, a situação ainda é grave, porque a estrutura de resposta adotada é de ampliação dos leitos hospitalares, mas precisamos avançar no aumento de testagem e no bloqueio da cadeia de contágio, com uma rotina de biossegurança incorporada em toda a sociedade”, pontua. Para o professor, o cenário da pandemia provou que o investimento em ciência é fundamental.

“Nos últimos anos, a gente assistiu a falta de investimento em pesquisa no Brasil, e isso fragilizou o processo de resposta que tivemos agora (na pandemia). O baixo investimento dificulta também o engajamento entre as universidades. Vale lembrar que outros vírus podem surgir, ou até mesmo o Sars-CoV-2 desenvolver novas mutações, e por isso o investimento em ciência é o que possibilita um preparo para que a gente enfrente futuras emergências de saúde pública dessa magnitude”, finaliza.

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