A Universidade de Brasília (UnB) decidiu não antecipar a volta gradual das aulas presenciais para um conjunto de disciplinas. A decisão de suspender a retomada foi tomada em votação durante reunião virtual do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), nesta quinta-feira (1°/7).
A mudança, prevista na Etapa 2 do Plano Geral de Retomada, permitiria 30% de aulas presenciais, levando em consideração que, em alguns cursos, as aulas remotas dificultaram o aprendizado dos alunos. O Cepe avaliou, no entanto, que, diante do cenário atual, a suspensão do regresso gradual de atividades presenciais era necessária.
Segundo a universidade, 21% dos servidores da UnB receberam a 1ª dose da vacina até o momento. Para os terceirizados, a cobertura da 1ª aplicação foi de apenas 10%. Considerando o quadro de professores, demais servidores e voluntários da faculdade, o Cepe estima que pelo menos 5.171 profissionais precisam ser vacinados.
Pesquisas avaliam cenários
Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) analisam a situação da pandemia e fazem projeções acerca do que pode vir a acontecer no país nos próximos meses caso o ritmo de vacinação continue lento e não haja a manutenção dos cuidados não farmacológicos – uso de máscara, higienização correta das mãos, isolamento e distanciamento social.
Os especialistas consideram as medidas de prevenção e a vacinação as melhores estratégias para evitar o aumento da contaminação pelo Sars-Cov-2, agente causador da covid-19. Edilson Bias, professor do Instituto de Geociências (IG) e coordenador do Observatório PrEpidemia, informou que as taxas de contaminação e de reprodução (Rt) – que determina a velocidade do contágio do coronavírus – estão vinculadas aos índices de liberação das atividades e da redução das medidas de biossegurança.
“No DF, temos apenas 11,22% da população vacinada com as duas doses, segundo o vacinômetro covid – InfoSaúde de 28 de junho. Agrega-se a este fato a flexibilização e o relaxamento das medidas de controle do distanciamento social, o que poderá trazer graves consequências, pelas incertezas que ainda temos sobre as novas variantes que circulam no país”, disse.