O Instituto Semesp lançou a 11ª edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil em evento on-line realizado na última terça-feira (8). A publicação reúne dados do nível em âmbito nacional, regional e estadual, além de dedicar um capitulo ao ensino médio brasileiro com levantamento que mostra o potencial de crescimento do ensino superior no país.
De acordo com a publicação, o número de matrículas em cursos de graduação presencial e em Ead em instituições públicas e privadas cresceu 1,8% em 2019. O diretor executivo do Semesp, Rodrigo Capelato, pondera que a taxa de escolarização líquida não tem crescido. Esse índice mede o percentual de jovens de 18 a 24 que estão no ensino superior.
Em 2018, dessa população, 17,9% estavam matriculados em cursos de graduação, no ano seguinte, o percentual subiu para 18,1%. Em 2020, caiu para 18% e a estimativa é de que reduza novamente em 2021 e chegue a taxa de 17,8%.
Outra previsão para este ano, é a queda de 8,9% no número de matrículas em cursos presenciais da rede privada. No entanto, para cursos Ead e no mesma rede, estima-se que se tenha um crescimento de 9,8%.
A presidente do Instituto Semesp, Lúcia Teixeira, abriu o evento de lançamento expondo brevemente alguns dados que estão presentes no mapa e ressaltou a importância do material para o setor educacional como na criação de políticas públicas e gestão de instituições. Depois, Rodrigo Capelato, apresentou as informações nacionais que foram coletadas e estão descritas no mapa. Ele também destacou que a publicação contempla dados do Programa Universidade para Todos (Prouni) e do Financiamento Estudantil (Fies).
Com base nos percentuais do mapa sobre as modalidades de graduação presencial e em Ead, Rodrigo Capelato analisou o cenário do ensino superior depois da crise causada pela covid-19. Para ele, deve surgir um novo modelo em que seja contemplado o espaço virtual de aprendizagem junto ao presencial.
O diretor também ressaltou a importância de criação de políticas públicas para que estudantes consigam ingressar no ensino superior e se manter. De acordo com percentuais do mapa, em 2019, a taxa de evasão de estudantes não contemplados com Fies e Prouni foi de 26,2%.
O índice de alunos que usam o Financiamento Estudantil e desistiram do curso foi de 6,4%, o de estudantes contemplados com o Prouni foi de 8,8%. “Se a gente atacar a questão de políticas públicas, nós temos saída. O ensino superior tem muito potencial para crescer, ainda mais se tiver um melhor ensino fundamental e médio”, finalizou o diretor em sua apresentação.
O Instituto também anunciou o relançamento da plataforma Sindata que pode ser acessado pelo site da entidade. Nela é reunido dados de todos os níveis de ensino no Brasil baseado em informações compiladas de pesquisas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre outros. O Mapa do Ensino Superior no Brasil também está disponível em formato de plataforma interativa.
Mapa do Ensino Superior no Brasil 2021
As tabelas e gráficos que compõem o material são baseadas no Censo da Educação Superior 2020 realizado pelo Inep com informações coletadas em 2019. O mapa apresenta o número de matrículas por modalidades, ingressantes, concluintes, taxa de evasão, cursos mais procurados e pesquisados na internet, financiamento, Prouni, pós-graduação, empregabilidade, projeção na captação de alunos, mensalidade e renda do estudante de graduação.
Nesta edição de 2021, a publicação apresenta um capítulo com informações sobre o ensino médio brasileiro. Essa parte do mapa analisa o potencial do ensino superior baseado nos dados de estudantes que se formam anualmente no nível médio e conseguem ingressar na graduação.
A 11ª edição do mapa está disponível no link.