Estudantes da Universidade de São Paulo (USP) fazem protestos durante visita do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, à instituição nesta quinta-feira (25). Os manifestantes pressionaram por mais agilidade no calendário de vacinação e fizeram críticas ao uso sem comprovação científica da hidroxicloroquina.
Logo na entrada, Queiroga foi recebido por manifestantes que gritavam “Bolsonaro genocida, mais vacina e menos cloroquina.” Participaram da mobilização estudantes de medicina e de outros cursos da USP. A mobilização contou ainda com participação da União Nacional dos Estudantes (UNE), da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) e do Diretório Central dos Estudantes (DCE) livre da USP.
O Centro Acadêmico Oswaldo Cruz (CAOC), representação estudantil do curso de medicina da USP, preparou um manifesto para o ministro. A entidade cobra “ações coletivas de prevenção e uma medicina que se alicerce nos conhecimentos científicos, no compromisso com a ética e na empatia aos doentes”. O CAOC pontua que deseja saber qual o planejamento estratégico do novo ministro, pois classifica os resultados das antigas gestões como “repetidamente falhos”.
No documento, a entidade afirma que “o Governo Federal apresentou até o presente momento prioridades equivocadas e por vezes perversas, resultando em absoluta ineficácia de gestão da crise, com consequências catastróficas para a população”. O texto foi lido para Queiroga no início da tarde.
O ministro afirmou que está no mandato “para dialogar com a sociedade brasileira”. Precisa da colaboração e sobretudo um voto de confiança de cada um de vocês para que eu possa ser útil e subsidiar o presidente com informações que o convençam do melhor caminho a ser seguido", ressaltou.
"Quem vai avaliar minha gestão é a história. Vamos olhar para a frente, vamos deixar de gerar calor. Nós queremos é luz. Luz, não calor", afirmou.
Manifestações durante visita do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, à Universidade de São Paulo (USP). Estudantes exigem agilidade no calendário de vacinação e criticam o uso de medicamentos sem eficácia comprovada como a hidroxicloroquina.