O prefeito de Niterói, Axel Grael, informou que a cidade vai integrar o plano de imunização do Governo Federal, que promete a vacinação simultânea em todo o Brasil. Sendo assim, o acordo feito entre a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a prefeitura para incluir a comunidade acadêmica no programa de vacinação municipal não é mais válido.

Axel Grael e o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Oliveira, se reuniram por videoconferência na última segunda-feira (11/1) com o governador de São Paulo, João Doria, e o coordenador executivo do Centro de Contingência do Estado de SP, João Gabbardo, para discutir a compra da vacina contra covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan.

Em nota, a assessoria da Prefeitura de Niterói informou que, como foi assinado o contrato de exclusividade entre o Instituto e o Ministério da Saúde (MS), a cidade vai integrar o plano de imunização do governo. “Não haverá mais um programa de vacinação exclusivo em Niterói”, disse.

O município terá 54 salas de vacina nas unidades do Programa Médico de Família (PMF), policlínicas e unidades básicas de saúde, além de uma unidade de vacinação no modelo de drive thru. A vacinação também poderá ser agendada por meio do aplicativo Dados do Bem, utilizado pelo município para a marcação de testes rápidos de covid-19 pelo sistema de drive thru. Niterói já testou mais de 150 mil pessoas durante a pandemia.

O reitor postou, na última quarta-feira (13/1), um vídeo em suas redes sociais esclarecendo o acordo e reforçando que a universidade está com esforços voltados para que o plano nacional dê certo. Confira:

Acordo com a reitoria foi formalizado em dezembro

Pela demora do governo em organizar um plano nacional, o reitor da UFF, Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, esteve no Instituto Butantã, em São Paulo, em agosto do ano passado, junto com o ex-prefeito Rodrigo Neves, para acertar detalhes da compra de doses da Coronavac. O interesse foi formalizado em 30 de dezembro e ratificado em janeiro junto ao novo prefeito Axel Grael, para incluir toda a comunidade na vacinação.

O que incluía a antiga proposta

A proposta era toda a comunidade acadêmica da instituição no Plano Municipal de Vacinação, independente do município de residência, estudo ou trabalho. O objetivo era controlar o mais rápido possível a pandemia em Niterói e no estado do Rio de Janeiro.

O cronograma de vacinação estava organizado da seguinte maneira:

• Fase 1 - fm de janeiro: Profissionais de saúde da UFF seriam vacinados;
• Fase 2 - fim de fevereiro: Profissionais de educação, servidores, docentes e técnicos-administrativos.

O reitor da universidade também havia colocado à disposição da Prefeitura de Niterói toda a infraestrutura (freezers e espaços adequados) e equipes (profissionais de saúde) para contribuir com a vacinação da população contra o coronavírus.

Antonio Claudio ofereceu os câmpus da UFF para serem utilizados como postos de vacinação, não somente para a comunidade acadêmica, mas também para facilitar o acesso de toda a população, inclusive com possibilidade de funcionamento como drive-thru.