O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta terça-feira (20/10), em coletiva de imprensa, os resultados do Enade 2019. O exame busca medir o aprendizado dos alunos que estão se formando em um curso de nível superior. Durante a apresentação, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, destacou a importância de se oferecer um ensino de qualidade: “Nós precisamos focar na qualidade. Não podemos mais focar em quantidade de uma maneira desequilibrada”.

Ribeiro falou também sobre um encontro que teria na sequência com o presidente Jair Bolsonaro, e destacou que sinalizará para o presidente que, nos últimos meses, o MEC aprovou mais de 500 cursos em instituições públicas e privadas na área técnica.

O ministro colocou a qualidade do ensino como uma das prioridades de sua gestão na pasta da Educação. “Sabemos que bons cursos de graduação estão intimamente ligados à formação de bons profissionais. Na ponta, é a sociedade que se beneficia e, ao mesmo tempo, é o estado brasileiro que cumpre, na área da educação, suas responsabilidades constitucionais intransferíveis: cuidar do ensino regular e, nesse caso, cuidar continuamente do aprimoramento da educação superior”, pontuou Ribeiro.

“Meu grande sonho é podermos ter mais qualidade, mais escolas, mas com mais qualidade. Chega de termos essas escolas apenas de nível regular para baixo”, afirmou. Na ocasião, o ministro também destacou a importância da base escolar para a formação de bons profissionais. “Sem base, eu repito, nós não conseguimos ter uma educação superior com qualidade.”

Logo no início de sua fala, Ribeiro confessou que, desde sua chegada ao MEC, há quase 3 meses, a cada dia se surpreende com a complexidade da pasta, e complementou: “Fico admirado de ver a qualificação dos auxiliares, das pessoas que compõem o quadro e isso me dá muita esperança”.

Ribeiro falou também sobre os valores do orçamento do MEC, que chamou de imenso. O ministro ponderou ainda a abrangência da atuação do ministério, que seria responsável, por exemplo, pela alimentação e transporte dos alunos. “Isso mostra de forma muito direta que o governo federal se envolve com a educação brasileira por muitas pontas”, avaliou.