OPERAÇÃO

PF investiga suspeito de fazer prova do Enem no lugar de outras pessoas

Com base na nota conseguida por meio da fraude, duas pessoas foram aprovadas em medicina pela Universidade Estadual do Pará (Uepa), em Marabá, sem terem feito a prova

Correio Braziliense
postado em 16/02/2024 13:30
Nas casas dos investigados foram apreendidos telefones celulares, provas do Enem dos anos de 2019 a 2023 e alguns manuscritos -  (crédito: Divulgação/Polícia Federal)
Nas casas dos investigados foram apreendidos telefones celulares, provas do Enem dos anos de 2019 a 2023 e alguns manuscritos - (crédito: Divulgação/Polícia Federal)

A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (16/2), a operação Passe Livre com o objetivo de combater a fraudes ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Um homem é suspeito de ter sido aprovado duas vezes no exame para o curso de medicina se passando por outras duas pessoas. Os três envolvidos foram alvos de mandados de busca e apreensão.

Nas casas dos investigados foram apreendidos telefones celulares, provas do Enem dos anos de 2019 a 2023 e alguns manuscritos. Não houve prisão na operação. Segundo a PF, a investigação identificou um estudante de medicina que teria realizado provas do Enem de 2023 e 2022 no lugar de dois candidatos.

Com base na nota no Enem conseguida por meio da fraude, essas duas pessoas foram aprovadas em medicina pela Universidade Estadual do Pará (Uepa), em Marabá, mas sem terem feito a prova. Um dos deles já é aluno do curso de medicina e o outro ainda não teve as aulas iniciadas.

"A perícia da Polícia Federal constatou que as assinaturas nos cartões de resposta e as redações não foram produzidas pelos inscritos nos processos seletivos do Enem. Para se passar por outros candidatos, o suspeito de fazer as provas pode ter usado documentos falsos. Ele também cursa medicina na Uepa de Marabá", informou a corporação.

As investigações seguem em andamento para descobrir se existem outros aprovados irregularmente por meio do esquema criminoso. Os investigados poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e entre outros.

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