Enem: candidato é preso por engano e perde prova em Recife

O candidato tem direito de solicitar a reaplicação da prova até o dia 17 de novembro - (crédito: Luís Nova/CB/D.A Press)

Um homem de 50 anos, identificado como Marcos Antonio Gomes da Silva, foi preso por engano enquanto respondia a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), no domingo (5/11). Policiais militares foram à Escola Estadual Assis Chateaubriand, em Recife, com um mandado de prisão com o mesmo nome e data de nascimento de Marcos. O candidato foi retirado da sala e não concluiu a prova.

Após chegarem na delegacia, os policiais verificaram o documento de identificação de Marcos e notaram que o nome dos pais do candidato e o local de nascimento eram diferentes dos dados do homem que estava sendo procurado pela Justiça. As digitais de Marcos também não batiam com a dos foragido. Por causa do engano, o candidato prestou queixa por danos morais, pois ele se sentiu prejudicado por não ter tido a chance de ter realizado o Enem.

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Em entrevista à TV Globo, Marcos contou que foi surpreendido pela situação. "Eu estranhei, quando cheguei no pátio da escola, me deparei com dois policiais militares que disseram que tinham um mandado de prisão no meu nome. Entrei em estado de choque, fiquei sem entender a situação", disse.

Em busca de reparação

Marcos tem direito de solicitar a reaplicação da prova até 17 de novembro. No entanto, ele afirma que ficou abalado com a situação e que ainda não fez o pedido. "Estou desestabilizado, foi uma situação constrangedora. Várias pessoas presenciaram a situação, e, até que se prove o contrário, as pessoas têm um olhar negativo. Espero que a Justiça tome as medidas cabíveis e que haja uma reparação", ressaltou, à TV Globo.

O Correio tenta contato com a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco para saber mais informações sobre o engano de mandado de prisão contra Marcos, mas até a publicação desta matéria, o jornal não obteve retorno.

Mandados em aberto

No primeiro dia de provas, a Polícia Federal prendeu 26 candidatos que estavam com mandados de prisão em aberto, ou seja, pessoas que tinham ordem de prisão decretada pela justiça. Segundo a PF, os crimes cometidos não tinham relação com a prova. Estão na lista crimes como não pagamento de pensão, roubo e tráfico de drogas.