Em visita à sede do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em Brasília, neste domingo (5/11), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizou um possível fim da taxa de inscrição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
"Acho que a gente vai caminhar para que as pessoas não paguem taxa no Enem. A gente vai ter que fazer uma combinação para que torne mais atrativo a esses jovens se inscreverem para fazer o Enem e para poder entrar em uma universidade", declarou Lula.
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O presidente ressaltou também a participação de idosos no exame. "Hoje li a notícia de que um senhor de 60 anos está inscrito porque ele quer terminar engenharia".
Ele aproveitou o tema de ensino superior para alfinetar críticos em relação à gestão das contas públicas pelo governo. "Quem sabe qualquer dia desses eu me inscrevo para fazer um curso de economia. Porque, todo mundo é muito sabido de economia. Economista é a pessoa mais sabida do mundo. Quando a gente está na oposição, a gente sabe tudo, quando a gente está no governo, a gente desaprende e as coisas não aparecem com muita facilidade", ironizou Lula.
Ao lado dos ministros da Educação, Camilo Santana, e da Secom, Paulo Pimenta, Lula destacou, ainda, o programa de renegociação do financiamento do ensino superior, o Fies.
"O fato de termos o Enem em todo território nacional, o fato de termos anunciado na semana passada que as pessoas que estão devendo o Fies, vão poder colocar sua dívida em ordem, vão poder limpar o seu nome, vão poder fazer acordo. É quase uma espécie de Desenrola", pontuou o presidente.
Lula defendeu que o investimento em educação é necessário para dar o que chamou de "salto de qualidade". "É por isso que eu digo sempre. Investir em educação não é gasto".
O presidente se esquivou de responder qualquer questão que não fosse sobre o Enem. "Meta fiscal você me pergunta segunda feira. Hoje é dia de Enem".