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Enem 2022: Você tem fome de quê?

É necessário que o candidato fique atento aos alimentos que consome antes da prova, além de planejar boas refeições para os dias de exame

Existem diversos alimentos que desempenham papel importantíssimo para manter o pico de concentração. Os mais saudáveis e balanceados despertam maior função junto aos comandos do cérebro. Outros, com maior teor de gordura e conservantes, aumentam o cansaço e diminuem o foco, além de provocar sonolência. Há, ainda, alimentos responsáveis pelo bem-estar físico. Trocando em miúdos, é necessário que todos esses grupos atuem em conjunto dentro da dieta cotidiana dos estudantes, sobretudo em dias de avaliação, como é o caso do Exame Nacional do Ensino (Enem), cujas provas serão aplicadas nos domingos 13 e 20 deste mês.

Quando se trata de comida, é comum que os jovens se apaixonem e criem vício nos chamados “podrões”, além de fast food, salgadinhos e outras guloseimas. Porém, é preciso que os estudantes se atentem na hora de fazer as refeições diárias. Para ter uma alimentação adequada é preciso incluir na rotina horários fixos para se alimentar, ingerir pelo menos dois litros de água por dia, alterando a quantidade de acordo com o peso, e montar cardápios pensando, de forma intencional, em como o organismo vai reagir a esses estímulos.

Segundo a nutricionista Thais Maani Albernaz, para que o aluno possa raciocinar e aprender todo o conteúdo, o cérebro precisa estar lubrificado e os neurônios devidamente nutridos para, dessa forma, transmitir informações entre as células cerebrais. “Candidatos bem alimentados têm mais facilidade em compreender os assuntos estudados e apresentam melhor desempenho”, explica.

Nutrientes

Arquivo pessoal - Thais Albernaz diz que o estudante bem alimentado tem maior chance

Ainda de acordo com a nutricionista, nos dias de prova os alunos devem consumir alimentos ricos em fibras e de fácil digestão, de modo a não haver prejuízo no desempenho. O café da manhã, por exemplo, considerado a refeição mais importante do dia, deve ser visto como o “despertar do corpo” e consumido entre 7h e 8h da manhã. Optar por ovos, frutas, pães integrais, queijo branco, leite semidesnatado ou chás são opções assertivas a diversos paladares, além de ricas em nutrientes.

Entre 12h e 13h, a digestão dos alimentos acontecem a todo o vapor. Por isso, é considerado o melhor horário para o almoço. Já na segunda refeição do dia é preciso incluir no prato vegetais como alface, acelga e tomate cru, além de brócolis, cenoura, couve-flor e vagem. Para a sobremesa, a especialista recomenda frutas da época.

No caso dos candidatos ao Enem, observa Albernaz, é necessário que as principais refeições ocorram, no mínimo, 30 minutos antes de sair de casa rumo ao local da prova. “Assim, a digestão pode ser feita de forma eficiente, evitando que o estudante se sinta pesado e sonolento durante as horas de prova”, alerta.

Para assegurar as energias e manter-se concentrado até o fim do exame, prossegue ela, o lanche deve ser consumido duas horas antes do início da prova. Entre tantas alternativas sobre o que comer nesse momento, afirma Albernaz, a escolha deve ser por lanches leves e práticos, como sanduíches recheados. “Queijos e frutos secos também são excelentes opções, assim como frutas picadas e barrinhas de cereal ou proteínas. E, é claro, bons goles de água”, aconselha.

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O estudante Guilherme Melo de Souza, 16 anos, admite que uma boa alimentação atrelada à prática de exercícios físicos garantem sucesso absoluto em sua rotina diária. Ele, que busca no Enem uma oportunidade para estudar medicina, afirma que manterá sua dieta equilibrada. “É uma das bases que constroem uma boa preparação. Cuidar da alimentação também é cuidar da saúde mental”, afirma.

João Guilherme Sohwab, 17, por sua vez, pretende estudar engenharia eletrônica. Ele conta que há dois anos a prática de atividades físicas tem contribuído para seus resultados acadêmicos. “Além disso, beber muita água e ter um sono regulado é essencial para absorver todo o conteúdo estudado”, diz. “Acho que nos dias anteriores a prova não se deve trocar a alimentação pelo que não está acostumado, até para não correr riscos”, conclui.

*Estagiária sob supervisão de Ana Sá