Gabarito da prova será divulgado na próxima quarta-feira (1º/12) e resultado em 11 de fevereiro, anuncia Danilo Dupas, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (1º/12). No entanto, o candidato só pode olhar o total de acertos. Pedidos de reaplicação estão disponíveis no site do Inep até 3 de dezembro, e 70,1% dos inscritos realizaram a prova.
O ministro Milton Ribeiro afirma que educação é fundamental para ele, e que “jamais me permitiria manipular”. Ribeiro estava se referindo à polêmica da interferência do governo no teor da prova.
Durante entrevista coletiva, na sede do Ministério da Educação, ele afirmou ainda que apesar de o Enem ter tido o menor número de participantes desde 2007 (4.004.764), as vagas para o ensino superior público são somente 708 mil. No segundo dia de exame, 1.747 municípios receberam a prova, em 10.600 locais de entrega. Pedidos de reaplicação já estão disponíveis no site do Inep até 3 de dezembro, e 70,1% dos inscritos realizaram a prova.
Em relação às polêmicas do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Danilo Dupas, presidente do órgão, garante que o problema encontrado é uma resistência aos novos moldes de governabilidade do instituto. Segundo ele, seria injusto com diversos alunos e professores que voltaram ao presencial, se os servidores não retornassem também. O presidente do órgão mencionou que esse estava sendo um problema recorrente no Inep, bem como a negação ao registro de ponto digital, que controla a jornada de trabalho desses profissionais.
“Dois milhões e meio de participantes não realizaram a prova no ano passado, mas no edital, tinha claro que eles teriam um caminho para a reaplicação, o qual eles não fizeram. Portanto, cumprimos o edital”, afirma.
Diante disso, o Supremo Tribunal Federal, diante de um pedido de várias entidades, o STF reconheceu o direito de essas pessoas realizarem a prova com isenção, mas somente 800 mil usufruíram do direito conquistado na justiça.
Entidades como a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, à época, diziam que o ministério não divulgou a nova possibilidade e, por isso, o número de beneficiados foi baixo em relação ao total do que poderia ter sido.
Ribeiro ainda falou sobre o ato de desistir de olhar a prova antes de ela ser aplicada. Conforme suas palavras, estava havendo muita confusão em razão disso. Depois de ser alertado por professores e gestores, decidiu recuar e não olhar mais. “Gosto muito de ditados, e tem um que diz que o sábio muda de opinião. Quando percebi que ter acesso às questões da prova iria trazer mais prejuízos do que benefícios aos estudantes, eu abri mão de um direito”, esclarece.