Salão do Estudante em Brasília garante possibilidade de "pechincha"

(crédito: Jáder Rezende)

Mais de 60 instituições de ensino de 13 países marcaram presença nesta sexta-feira (18) no Salão do Estudante, em Brasília. Considerado o maior evento de educação internacional da América Latina, o salão retorna ao formato presencial, após dois anos de pandemia. São oferecidos desde cursos de idiomas, com duração de quatro semanas, a opções de graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado e cursos técnicos em diferentes áreas. Para ingresso no evento, centro de convenções Brasil 21, foi exigido o uso de máscara e cartão de vacinação e atraiu mais de 2 mil interessados. A feira retorna à capital federal em outubro.

A diretora de eventos no Brasil para a Business Marketing International (BMI), Priscila Gomes, destaca, que além da maioria das instituições aceitar as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como processo seletivo para o ingresso no sistema de ensino superior no país, os valores dos cursos normalmente são mais baratos quando comparados aos do Brasil.

Entre os diferenciais desta edição, Priscila destaca a chance dos estudantes conversarem pessoalmente com os representantes das instituições e tirar todas as dúvidas sobre o curso, peculiaridades da cultura do país escolhido, como destino, além de questões burocráticas, como acesso ao visto, documentação exigida para ingresso em cada universidade e, ainda “pechinchar” o preço do curso. Outra novidade foi a realização de seminários, como sistemas de ensino de diferentes países.

“Muitas instituições oferecem também dupla titulação, que garante aos estudantes habilitação a trabalho no Brasil e também na União Europeia”, diz Priscila, lembrando que pesquisa da BMI revela que 6 em cada 10 brasileiros desejam estudar fora do país. Além disso, prossegue ela, muitas instituições e agências de intercâmbio que também participam do evento, oferecem parcelamento de até 10 vezes, além de diferentes opções de financiamento.

Já a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, que aceita notas do Enem e oferece curso de enfermagem veterinária, foi uma das que mais despertaram atenção dos alunos. A técnica da área acadêmica da instituição, Joana Fonseca, informou entre os cursos oferecidos, despertou mais interesse os com duração de quatro anos, com anuidade de 5.500 euros, mestrado com duração de dois anos, por 1.500 euros, e pós-graduação, um ano de duração, ao custo de 750 euros. “Além de ensino de qualidade, Coimbra tem como grande atrativo o fato de ser uma cidade bem localizada e segura”, diz.

Administradora da VetDF Escola Técnica Veterinária, Tailine Besse acompanhou uma turma de alunas que participaram do evento pela primeira vez. Segundo ela, parceria foi firmada com o Instituto Politécnico de Viseu, em Portugal, para estreitar o intercâmbio de alunos. “É muito importante essa oportunidade, sobretudo para os que vão em busca de especialização em áreas inexistentes no Brasil, como enfermagem veterinária”, diz.

A estudante Camille Evelyn dos Santos, 19 anos, que estava no grupo da VetDF, ficou atenta a todas as explicações da escola de Portugal. “Meu sonho é morar fora do Brasil , buscar novas experiências, aprimorar meus conhecimentos e me destacar na área de veterinária”, disse. Outro estande disputado foi o da escola Politécnico de Viseu, também em Portugal. A vice-presidente Helena Vala, informou que os cursos mais procurados por brasileiros são na escola superior de educação, de saúde e de tecnologia e gestão. “Temos muitos brasileiros matriculados na instituição e a meta é atrair cada vez mais”, disse.

A estudante Daphne Lopes, 23 anos, que cursa o 8º semestre de contabilidade na Universidade de Brasília (UnB), revelou maior interesse pelos cursos de mestrado e pós-graduação. Ela considerou “salgados” os preços cobrados, mas afirmou que não vai desistir da ideia de estudar no exterior. “Tudo é possível quando a gente tem perseverança”, diz.

O estudante Márcio Dias, 23, que cursa engenharia florestal também na UnB, contou que está fortemente inclinado a fazer mestrado no exterior e considerou a feira uma excelente possibilidade de ampliar seus horizontes. “Me atraiu muito a diversidade de lugares, de culturas e também a variação de preços. Se tudo der certo, embarco para a Europa ano que vem”, disse.