Evento internacional

Estudante do DF pede ajuda para participar de simulação da ONU nos EUA

Yago Romão, 17 anos, aluno do 3° ano do ensino médio no La Salle, vai representar o DF no Modelo das Nações Unidas de Harvard, que ocorre em Boston, Massachusetts, entre 30 de janeiro e 2 de fevereiro de 2025. O jovem criou uma vaquinha para ajudar no custeio da viagem

Júlia Giusti*
postado em 25/11/2024 15:56 / atualizado em 25/11/2024 16:51
Estudante do DF pede ajuda para participar de simulação da ONU nos EUA -  (crédito: Arquivo pessoal)
Estudante do DF pede ajuda para participar de simulação da ONU nos EUA - (crédito: Arquivo pessoal)

Yago Montenegro Romão, 17 anos, estudante do 3° ano do ensino médio no colégio La Salle de Sobradinho, foi aprovado para participar da simulação da Organização das Nações Unidas (ONU) nos Estados Unidos. O Modelo das Nações Unidas de Harvard (HMUN), que vai ocorrer nos hotéis Sheraton e Marriott, em Boston, Massachusetts, entre 30 de janeiro e 2 de fevereiro de 2025, vai discutir questões globais atuais, como a crise climática e o desenvolvimento de inteligências artificiais (IAs). Em razão do alto custo da viagem, o jovem criou uma vaquinha para ajudar no custeio da viagem. Pix para ajudar: 5134152@vakinha.com.br.

Participação na simulação

Yago conta que soube da HMUN pelas redes sociais, acompanhando delegados que postaram fotos e vídeos do evento compartilhando a experiência positiva que tiveram na simulação. Então, a participação do estudante no evento foi muito desejada, percebendo uma grande oportunidade à frente.

“Assim que entrei no mundo das simulações on-line e presenciais, enquanto pesquisava mais dessas conferências para participar, acabei descobrindo relatos de que essa foi a experiência mais incrível e transformadora com simulações que alguns delegados já tiveram. Desde então, se tornou um sonho para mim participar desse evento competitivo em nível global”, relata. A inscrição de Yago foi aprovada por uma delegação brasileira escolhida pela Universidade de Harvard.

Programação

O estudante explica que a simulação terá sessões de debate em diversos comitês que debaterão temas específicos, desde a questão ambiental e cenários históricos até comitês futuristas e fictícios. “No meu caso, irei participar do comitê do pacto de Varsóvia, em 1968, para discutir sobre o posicionamento dos membros do pacto perante o desenvolvimento da inteligência artificial pela OTAN”, conta o estudante. No tempo livre, ele pretende visitar outros lugares da cidade.

Além dos debates, negociação e escrita de documentos, a HMUN também conta com a “delegate dance”, uma festa para os delegados de toda a simulação se conhecerem e se divertirem, na noite anterior ao último dia de evento. Durante a festa, os delegados que se destacaram nas atividades serão premiados. 

Impasses

Yago diz que, apesar da empolgação para a simulação da ONU em Boston, a HMUN é um evento difícil para os brasileiros participarem, em termos do alto custo da viagem, que inclui passagens aéreas, emissão de passaporte e visto, hospedagem e alimentação. 

“A participação requer uma preparação extensa de estudos, planejamento de viagem e busca por patrocinadores para aqueles que não podem arcar com todas as despesas integralmente, no qual é o meu caso”, expõe.

Para ajudar no custeio, ele está fazendo campanha nas redes sociais (yagoromao3@gmail.com) e abriu uma vaquinha on-line pelo site do Vakinha, conseguindo pagar a inscrição no evento e o passaporte por meio dela, até o momento. 

Experiência e planos

Este ano, Yago participou da sua primeira simulação internacional e presencial, promovida pela Universidade de Yale, em São Paulo. Na YMUN Latam, ele conquistou o prêmio de melhor delegado em seu comitê: “Foi a melhor experiência que já tive com o mundo das simulações”. 

Depois de vivenciar essa oportunidade, ele conta que a vontade de competir em uma simulação em outro país cresceu, considerando que, ao participar da HMUN, “conseguiria realizar esse sonho enquanto represento meu país” e que “apesar de parecer distante no início, hoje estou lutando para conseguir os recursos necessários para participar”. 

Para ele, ser selecionado para o evento em Boston é uma grande realização, mas há muito trabalho a ser feito: “Ainda tenho muito estudo e preparação em meu caminho até janeiro”. Em sua primeira viagem para fora do país, o estudante espera ter uma experiência “inesquecível”, tanto pelo que a conferência vai agregar em sua formação quanto pelo fato de que, como será inverno no hemisfério norte durante o evento, “verei neve pela primeira vez em Boston enquanto visito a universidade de Harvard e outros lugares na cidade”.

* Estagiária sob supervisão de Marina Rodrigues

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