O ministro da Educação, Camilo Santana, e o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Manuel Palacios, divulgam, na manhã desta quarta-feira (14/8), os resultados do Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (Ideb) 2023, na sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília. Esses indicadores são utilizados para analisar a qualidade do ensino e da aprendizagem dos estudantes das escolas públicas em todo o Brasil. Para conferir a divulgação dos resultados ao vivo, acesse o canal do MEC no YouTube.
O Ideb foi criado em 2007 e reúne os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações. O índice agrega o enfoque pedagógico das avaliações em larga escala a possibilidade de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis e que permitem traçar metas de qualidade educacional para os sistemas.
A análise oferece um retrato da qualidade da educação por diferentes perspectivas, como a abrangência geográfica, incluindo município, estado/Distrito Federal, região e Brasil; dependência administrativa por meio de redes municipal, estadual, federal e privada; redes pública e privada e por escola. Os resultados são divulgados por etapas dos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e ensino médio.
Para as análises, foram estabelecidas metas desse índice para serem alcançadas em nível de Brasil, estados, Distrito Federal, municípios e escolas para a cada dois anos, de 2007 a 2021, com o ano de 2005 foi usado como referência. Os parâmetros são importantes para medir o ritmo da melhoria da qualidade da educação, porque elas permitem identificar, por exemplo, se um município está acima ou abaixo do Ideb.
A pontuação de referência (6) foi escolhida baseada no desempenho educacional de países desenvolvidos, segundo resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“Nesta edição, poderemos obter uma visão mais realista do panorama da educação brasileira em comparação com 2019, uma vez que, em 2021, com todos os desafios da pandemia e do retorno às escolas, não necessariamente todos os estudantes aptos a fazerem a prova de fato participaram. Além disso, a correta recomendação do Conselho Nacional de Educação de não reprovar os alunos durante a pandemia influenciou o fluxo escolar que compõe o Ideb em 2021”, analisa Patricia Mota Guedes, superintendente do Itaú Social.
*Estagiária sob supervisão de Marina Rodrigues