Eu, Estudante

homenagem

Alunos de Planaltina fazem maquetes de monumentos históricos do DF

Como parte da avaliação final do semestre, cada estudante do ensino médio fez seu projeto retratando um ponto da cidade

Alunos do ensino médio do Centro Educacional Várzeas, no núcleo rural de Tabatinga, em Planaltina, fizeram maquetes retratando monumentos históricos do Distrito Federal, como o Memorial JK, o Museu Nacional, a Torre de TV e a Praça do Relógio. A atividade fez parte de uma disciplina eletiva semestral orientada pela professora de história Solange da Silva Nascimento, que escolheu a capital do país como tema central.

Durante as aulas, a professora utilizou apresentações em PowerPoint para mostrar fotos da arquitetura da cidade. Além disso, organizou visitas ao Instituto Geográfico e Histórico de Brasília (IHG-DF) e ao museu do instituto para que os jovens pudessem sair um pouco do núcleo rural e conhecer esses pontos históricos mostrados. “Escolhi um tema relacionado a Brasília porque, além de ensinar a história do DF, é importante que os alunos conheçam um pouco sobre as regiões administrativas”, explicou Solange.

Criação

Como projeto final do semestre, cada aluno escolheu um monumento da cidade e construiu uma maquete utilizando materiais fornecidos pela escola e que seriam descartados. “Usamos um isopor que ia paro o lixo, papelão. Os únicos materiais que tiveram custo foram a tinta, a cola quente e o gesso”, explica o estudante Clayton da Conceição, 16 anos.

Guilherme Monhol Müller, 15 anos, conta a experiência de fazer a sua primeira maquete e de poder, por meio da arte, entender melhor a história e a cultura de onde mora: “Foi bem emocionante, eu não tinha muita ideia do que fazer, mas com o passar do tempo eu vi que estava dando certo, e foi muito bom ver o resultado final. A gente mergulhou na história da nossa cidade, pesquisando para saber como foi que aconteceu no passado, e descobri várias coisas novas fazendo as maquetes.” 

A professora Solange vê no projeto um recurso valioso, que vai além do conhecimento acadêmico. “Minha formação é em história e acredito que estudar a história do Brasil ajuda a formar nossa identidade. Para os alunos, é uma maneira de construir essa identidade através do conhecimento do lugar onde vivem”, comenta Solange.

Alex dos Santos Teixeira -
Alex dos Santos Teixeira -
Alex dos Santos Teixeira -
Alex dos Santos Teixeira -
Alex dos Santos Teixeira -
Alex dos Santos Teixeira -
Alex dos Santos Teixeira -
Alex dos Santos Teixeira -

Incentivo 

O projeto também teve o apoio do professor de biologia, Alex dos Santos Teixeira, que cedeu nota extra aos alunos que participaram da criação das maquetes. “A professora Solange me contou um pouco e eu gostei bastante, então acabei cedendo essa nota para os meninos. Achei bacana porque estimula a criatividade deles e é uma forma de aprender história."

Ele destaca a importância de projetos como esse no ambiente escolar e na vida dos alunos: “Por se tratar de uma escola localizada na zona rural, os meninos são muito carentes de arte, né? Então a gente sempre tenta levar esses projetos para serem realizados, para criar neles esse espírito artístico e criativo, e também para afastá-los da criminalidade."

Solange também observou o talento artístico dos estudantes. “Notei que alguns alunos têm um dom para a arte, pois algumas maquetes ficaram idênticas aos monumentos reais, revelando habilidades artísticas significativas.”

Para o próximo semestre, a professora de história planeja continuar com a produção de maquetes, mas focando em áreas urbanas de outro país, a África. “Não pretendo continuar com o tema do DF para evitar repetitividade. Gostaria de abordar a África, que tem muitas similaridades com o Brasil.”