Brasília recebe a 21ª Olimpíada Internacional de Linguística

Evento ocorre pela primeira vez na América Latina e no Hemisfério Sul e terá sua abertura no Museu da República, com a participação de todas as delegações e autoridades

Maria Eduarda Lavocat*
postado em 17/07/2024 16:18 / atualizado em 17/07/2024 16:34
Alunos fazendo a prova da terceira fase no fim de maio, no Colégio Seriös. A partir dessa prova foi selecionada a equipe de oito brasileiros que vão competir nesta edição da IOL -  (crédito: Bruno L’Astorina)
Alunos fazendo a prova da terceira fase no fim de maio, no Colégio Seriös. A partir dessa prova foi selecionada a equipe de oito brasileiros que vão competir nesta edição da IOL - (crédito: Bruno L’Astorina)

A Universidade de Brasília (UnB) será a sede da 21ª Olimpíada Internacional de Linguística (IOL, na sigla internacional) entre  23 a 31 de julho. O evento reunirá 53 delegações de 39 países, que além das competições também irão realizar visitas a locais turísticos e ecoturísticos, oficinas para os professores do Distrito Federal e encontros com autoridades, entre elas, autoridades indígenas. A programação completa está disponível no site

O evento aborda três dimensões principais que orientam a IOL: o encontro de estudantes de todo o mundo, o impacto na educação local e o incentivo às políticas públicas relacionadas à linguística. As disputas avaliam a capacidade de compreensão dos estudantes de como funcionam os padrões de uma língua desconhecida, o idioma pode ser escolhido pelo concorrente mas deve ser diferente da sua língua materna. 

“É dado ao estudante uma questão-problema em uma língua desconhecida e são oferecidos elementos no  exercício que permitem compreender a questão. O participante deve ser capaz de interpretar o texto e resolver a atividade proposta a partir dos elementos apresentados”, explica Bruno L’Astorina, coordenador da Vertere, realizadora do evento junto a Associação Brasileira de Linguísticas.

Cada delegação é formada por quatro estudantes e um professor responsável pela equipe. Nesta edição, o Brasil é o país com mais participantes de olimpíadas do conhecimento do mundo, com três vezes mais participantes que o segundo colocado. Ao total são duas equipes concorrendo, que é o máximo de delegações que cada país pode inscrever. 

Outro eixo importante para a IOL é a qualificação da educação local. Para isso, a organização do evento promoverá um curso para professores brasileiros com o objetivo de capacitar os professores na pedagogia dos problemas, que busca desenvolver três habilidades nos estudantes: o interesse, a autonomia e a cooperação. 

*Estagiária sob supervisão de Ana Sá

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