Durante greve dos professores, o governo no Paraná pediu, nesta quarta-feira (5/6), a prisão da presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), Walkiria Olegário Mazeto. A justificativa é o descumprimento de uma decisão judicial que determinava o fim da greve dos professores da rede estadual, iniciada na segunda-feira (3/6).
A Procuradoria-Geral do estado alegou que Walkiria descumpriu ordem judicial ao manter a greve. O pedido ainda requer uma multa diária, no valor de R$ 10 mil em desfavor de Walkiria, caso a presidente do sindicato continue “incitando o movimento paredista de professores”.
Em 1º de junho, a entidade foi determinada a pagar R$ 10 mil por dia de greve. Agora, a PGE pede que o valor seja aumentado para R$ 100 mil, alegando que a multa arbitrada anteriormente não foi “suficiente”.
O APP-Sindicato alegou nas redes sociais estar "tomando todas as medidas políticas e jurídicas necessárias para o cancelamento imediato desta proposição que não possui qualquer fundamento legal". O sindicato ressaltou que todos os procedimentos adotados têm zelado pelo cumprimento das normas, para assegurar a legalidade da greve.
A greve dos professores começou na segunda-feira (5/6), dia da primeira votação do projeto de lei que visa terceirizar a gestão de 204 colégios estaduais do Paraná. No mesmo dia, manifestantes contrários ao projeto se mobilizaram em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Paraná (Alep), que foi invadida.
No dia seguinte, o PL foi aprovado em segunda discussão e a lei foi sancionada pelo governador Ratinho Junior.
O PL, chamado de “Parceiros da Escola”, tem como função principal repassar a verba que seria direcionada às escolas públicas para uma empresa que vai administrar os recursos.
Veja a nota da Procuradoria-Geral do Estado
A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) encaminhou uma petição ao Poder Judiciário na manhã desta quarta-feira (5) solicitando a aplicação de multas contra a APP Sindicato e sua presidente pelo descumprimento da decisão judicial que suspendeu os efeitos da greve contra o programa Parceiro da Escola. A decisão de primeiro grau foi proferida no dia 1º de junho, mas há diversas postagens em redes sociais desde então, além do movimento na frente da Assembleia Legislativa que culminou com invasão do prédio, que indicam que o sindicato continuou e continua incentivando a adesão aos atos.