Educação

Ceará lidera índice de alfabetização infantil no país; veja o ranking

Indicador Criança Alfabetizada de 2023 foi divulgado nesta terça-feira (28/5) em evento no Palácio do Planalto. Governadores de nove estados estiveram presentes

Victor Correia
postado em 28/05/2024 18:30 / atualizado em 28/05/2024 18:30
Segundo Elmano de Freitas, o Ceará já atingiu a meta prevista para o restante do país somente para 2030. O estado tem 85% dos estudantes do 2º ano do ensino fundamental alfabetizados -  (crédito: Victor Correia/CB/D.A. Press)
Segundo Elmano de Freitas, o Ceará já atingiu a meta prevista para o restante do país somente para 2030. O estado tem 85% dos estudantes do 2º ano do ensino fundamental alfabetizados - (crédito: Victor Correia/CB/D.A. Press)

O Ceará é o estado brasileiro com maior índice de alfabetização infantil, de 85%, de acordo com levantamento divulgado nesta terça-feira (28/5) pelo Ministério da Educação (Mec). O Indicador Criança Alfabetizada de 2023 mede quantos estudantes do segundo ano do ensino fundamental sabem ler e escrever devidamente, o que é considerado a idade ideal para o aprendizado.

Em seguida vêm Paraná (73%), Espírito Santo (68%), Goiás (67%) e Rondônia (65%). Os piores índices são de Sergipe (31%), Rio Grande do Norte (37%), Bahia (37%), Amapá (42%) e Tocantins (44%). Distrito Federal, Acre e Roraima não apresentaram os dados ao Mec.

O indicador foi divulgado nesta manhã em evento no Palácio do Planalto, bem como a meta de chegar até 80% de alfabetização em todos os estados até 2030. O governador do Ceará, Elmano de Freitas, participou do evento e destacou a liderança do estado na educação. Ele afirmou que outros governadores já o procuraram sobre o tema.

"O estado do Ceará já atingiu uma meta que está projetada para o país em 2030. Nosso objetivo agora é que 100% das nossas crianças alcancem a capacidade de ler e escrever no segundo ano do ensino fundamental", comentou a jornalistas após a cerimônia.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, também celebrou os resultados do seu estado. "Goiás, modéstia à parte, saiu de 39% para 67%. Com isso, ficou em quarto lugar. O Ceará, todos nós sabíamos que era o primeiro lugar, tem isso implantado há 20 anos. Depois, Paraná, Espírito Santo e Goiás. Marca uma meta para podermos chegar, se Deus quiser, empatando com o Ceará", afirmou o governador.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, conversa com jornalistas no Planalto após o anúncio do índice de alfabetização infantil
A jornalistas, o governador do Goiás, Ronaldo Caiado, celebrou o aumento na alfabetização do seu estado e disse querem empatar com o índice do Ceará nos próximos anos. (foto: Victor Correia/CB/D.A. Press)

O ministro da Educação, Camilo Santana, comentou que a meta para o ano passado visava superar 55% de alfabetização em todos os estados, o que não ocorreu. O objetivo foi atingido apenas no cenário nacional, com alguns estados superando a meta, e outros bem abaixo dela.

“A nossa meta estabelecida no ano passado, e acordada com os estados, era pelo menos retomar os indicadores de 2019. Por estado. Conseguimos a nível de Brasil, alguns estados superaram, alguns não conseguiram”, afirmou Santana. Para o ministro, não será possível atingir o planejamento para 2030 sem a colaboração dos governadores e prefeitos, que são os responsáveis pela educação na ponta. O papel do Ministério da Educação, segundo ele, será de coordenar e “induzir tecnicamente e financeiramente” o programa.

Veja o ranking do Indicador Criança Alfabetizada:

  1. Ceará - 85%
  2. Paraná - 73%
  3. Espírito Santo - 68%
  4. Goiás - 67%
  5. Rondônia - 65%
  6. Rio Grande do Sul - 63%
  7. Santa Catarina - 61%
  8. Minas Gerais - 60%
  9. Pernambuco - 59%
  10. Maranhão - 56%
  11. Mato Grosso - 55%
  12. Amazonas - 52%
  13. Piauí - 52%
  14. Rio de Janeiro - 52%
  15. São Paulo - 52%
  16. Paraíba - 51%
  17. Pará - 48%
  18. Mato Grosso do Sul - 47%
  19. Alagoas - 44%
  20. Tocantins - 44%
  21. Amapá - 42%
  22. Bahia - 37%
  23. Rio Grande do Norte - 37%
  24. Sergipe - 31%

Observação: o Distrito Federal, Acre e Roraima não apresentaram o levantamento ao Ministério da Educação.

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