EDUCAÇÃO

Águas Claras terá duas escolas públicas a partir de 2026

Região administrativa, criada em 2003, conta apenas com uma creche gratuita, o Cepi Jequitibá. Novas unidades vão atender à educação infantil e ao ensino fundamental. A previsão é de que comecem a receber estudantes em 2026

Luis Fellype Rodrigues
postado em 28/05/2024 06:00
Quadra 102 terá centro educacional para atender a partir do 6º ano -  (crédito: Luis Fellype Rodrigues/CB)
Quadra 102 terá centro educacional para atender a partir do 6º ano - (crédito: Luis Fellype Rodrigues/CB)

Águas Claras ganhará duas instituições de ensino públicas, em 2026 — uma escola classe (EC) na quadra 101 e um centro educacional na 102. De acordo com a Secretaria de Educação (SEEDF), o investimento estimado em ambas as obras é de R$ 31 milhões. As licitações estão previstas para este ano. As empresas vencedoras terão prazo de 16 meses para concluírem as obras.

A Escola Classe atenderá à educação infantil e aos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º) com um total de 20 salas de aula. A unidade, de três pavimentos e com área construída de 5.098,44m², terá sala de leitura e duchas externas. Já o Centro Educacional será para os anos finais do ensino fundamental 2 (6º ao 9º) e o ensino médio, com 18 salas de aula, laboratórios, biblioteca e auditório. Serão dois pavimentos e com área construída de 3.914,09m². Os dois projetos incluem parquinho, quadra coberta com vestiários, refeitório, guarita, estacionamento, escadas e rampas. A SEEDF não divulgou quantos alunos serão atendidos.

A comunidade espera há anos a instalação de escolas públicas na região. Atualmente, há apenas uma creche construída com recursos do Governo do Distrito Federal (GDF), o Cepi Jequitibá. Adriana Teles, 46 anos, moradora de Águas Claras, contou que a unidade vai representar um auxílio significativo para a comunidade. "Seria muito bom. Quase tudo que temos na região é particular. Se alguém quiser algo público, como uma escola ou hospital, deve se deslocar para outros lugares. É uma necessidade grande, argumentou.

A auxiliar administrativa acredita que os benefícios não são apenas para as pessoas que moram na região. "Existem muitas outras que trabalham aqui e poderiam trazer os filhos e deixá-los na escola. Seria muito interessante para eles. A cidade de Águas Claras cresceu muito e precisamos acompanhar esse movimento. Nem tudo que existe aqui deve ser particular", argumentou. Ela questionou o local escolhido para a realização das obras: "Seria melhor se fossem mais próximo à estação de metrô ou às paradas de ônibus", comentou.

  • Heitor, sobrinho de Adriana, estuda em escola particular
    Heitor, sobrinho de Adriana, estuda em escola particular Luis Fellype Rodrigues/CB
  • Local da obra da Escola Classe na Quadra 101 de Águas Claras
    Local da obra da Escola Classe na Quadra 101 de Águas Claras Luis Fellype Rodrigues/CB
  • Liara Dahmer, 24 anos, contou que não vê problema nessas obras.
    Liara Dahmer, 24 anos, contou que não vê problema nessas obras. Luis Fellype Rodrigues/CB

Atendimento

Mesmo assim,  a fisioterapeuta Liara Dahmer, 24, que mora há um ano na cidade, estranha o fato de não haver unidades de ensino públicas em Águas Claras, criada em 2003. Alunos que moram na região são encaminhados, em geral, para escolas públicas do Guará e de Taguatinga, que terão suas redes desafogadas. "É uma necessidade que temos. Isso ajudaria bastante os pais que precisam se deslocar com os filhos para outras regiões administrativas (RAs) para irem à escola. Às vezes, as pessoas sacrificam o salário porque a escola pública é muito longe", observou. "Espero que dê tudo certo e mostrem como a escola pública pode ser tão boa quanto uma particular", concluiu.

"Muitas pessoas que moram na região não têm condições de bancar uma escola particular e se desdobram para colocar os filhos em instituições públicas de outras RAs", reforçou Pedro Henrique Manzoni, 25 anos. Para ele, essa mudança é muito bem-vinda para a comunidade e vai ajudar a vida de muita gente.

As únicas coisas que têm preocupado o estudante são a duração da obra e como ela será planejada. "Pode ser que tenhamos problemas com estacionamento. Mas isso é apenas um empecilho entre vários benefícios. Acredito que não será ruim. Precisamos dessas melhorias", relatou

*Estagiário sob a supervisão de Malcia Afonso

 


Infraestrutura

Escola Classe

Atenderá a educação infantil e os anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º) com um total de 20 salas de aula. A unidade, de três pavimentos e com área construída de 5.098,44 m², terá sala de leitura e duchas externas.

Centro Educacional

Para os anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º) e o ensino médio, com 18 salas de aula, laboratórios, biblioteca e auditório. Serão dois pavimentos e com área construída de 3.914,09 m². 

» Os dois projetos incluem parquinho, quadra coberta com vestiários, refeitório, guarita, estacionamento, escadas e rampas.

» A SEEDF não divulgou quantos alunos serão atendidos.

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