O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou, na terça-feira (19/3), que o governo fechou acordo com o relator do projeto de lei (PL) que revisa os parâmetros do novo ensino médio, enviado ao Congresso no fim do ano passado, Mendonça Filho (União-PE). O deputado antecipou, ainda, que a matéria deve ser votada no plenário da Casa nesta quarta-feira (20/3).
- Novo ensino médio: acordado com governo, projeto pode ser votado na quarta (20)
- 65% dos estudantes que entraram no ensino médio preferem o currículo flexível
A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) convocou uma mobilização para pressionar pelo veto do novo ensino médio. "Vamos nos mobilizar para garantir uma educação que atenda as demandas dos estudantes brasileiros, por 2400 horas aulas obrigatórias, pelo fim dos itinerários formativos, contra o notório saber e o fim do ensino de espanhol", disse a entidade estudantil.
Foi acordado com o governo a manutenção das 2,4 mil horas na formação básica dos três anos do ensino médio no parecer, como era desejado. Hoje, a carga horária é de 1,8 mil horas. Inicialmente, o relatório do deputado Mendonça Filho estipulava 2,1 mil horas para as disciplinas comuns a todos os estudantes.
Os estudantes que optarem pela formação dos itinerários formativos terão 600 horas para as disciplinas escolhidas. Já para a formação técnica, de cursos profissionalizantes, será destinada 1,8 mil horas de forma escalonada.
O acordo foi tecido em uma reunião entre Mendonça, Guimarães, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro da Educação, Camilo Santana. “É uma conquista grande e estamos saindo com uma grande vitória”, comentou Guimarães.
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