Por Maria Fava* — Brasileiros passam, em média, 4,1 anos aprendendo inglês durante a vida, mas a educação formal, nas escolas, não é o suficiente para alcançar proficiência no idioma. Essas são as principais conclusões de uma pesquisa global divulgada pela Pearson neste mês.
Embora a aprendizagem de inglês esteja incluída na educação básica, 54% dos brasileiros sentem que as aulas não conseguem dotá-los de um nível de inglês suficientemente bom para se comunicarem adequadamente. Apenas 22% disseram que se sentiam confiantes no uso de todas as quatro habilidades (falar, escrever, ouvir e ler) no local de trabalho, índice ligeiramente inferior à média global, de 25%. Isso indica que mesmo aqueles com bons níveis de inglês têm dificuldades com seu uso no trabalho.
Foram entrevistados mais de 5 mil falantes de inglês como segunda língua ou língua adicional, dos quais 60% afirmaram que estudam inglês para ter acesso a posições com melhores salários. Entre as principais barreiras para melhorar a fluência foram apontadas a falta de tempo, o custo dos cursos ou materiais e oportunidades limitadas.
“Esta nova pesquisa mostra a importância do inglês para ajudar as pessoas a terem vidas mais gratificantes dentro e fora do local de trabalho”, disse Gio Giovannelli, presidente da Pearson English Language Learning.
Além das motivações profissionais, citadas pelos entrevistados, a pesquisa também concluiu que brasileiros recorrem à aprendizagem de uma segunda língua para ter acesso a benefícios como comunicação em viagens, compreensão de conteúdos de mídia e entretenimento, abertura de horizontes na vida social e nos estudos.
*Estagiária sob a supervisão de Priscila Crispi