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Inovação

Sesi Gama é finalista do Prêmio Escolas Sustentáveis

Alunos da instituição criaram pulseira que carrega celular com energia do corpo

O colégio Sesi do Gama foi finalista da etapa internacional do Prêmio Escolas Sustentáveis, realizada na Bahia, neste mês. O projeto Moveplus venceu a etapa nacional do prêmio, em outubro, concorrendo entre outros 800 projetos de instituições de ensino brasileiras.

O Moveplus é uma pulseira que armazena o calor produzido por movimentos do corpo, como caminhar, e o transforma em energia para recarregar aparelhos celulares por indução. A ideia nasceu durante um torneio de robótica do Sesi.

“A ideia do projeto não é só a pulseira, mas todo um sistema de logística reversa. Temos parceria com uma empresa de reciclagem para recolher os componentes da pulseira quando sua vida útil acaba. Eles são transformados em outros equipamentos eletrônicos. Além disso, a embalagem é feita a partir de papel descartado pelas escolas Sesi. Sem contar que a energia termocinética é uma energia extremamente sustentável, a única que não tem nenhum impacto no meio ambiente para sua produção”, explica o professor de matemática responsável pelo projeto, Wandersom Gomes da Silva. Ele diz que os alunos estão trabalhando para melhorar o protótipo da pulseira e encontrar maneiras de fazê-la chegar ao mercado.

Amanda Oliveira de Sousa, 16 anos, é uma das alunos do 1º ano do ensino médio que participaram do projeto e conta que os estudantes foram quem protagonizaram o processo de criação da tecnologia. “Muito se comenta sobre sustentabilidade, mas as pessoas investem pouco nas ideias de sustentabilidade. Essa ideia parecia meio mirabolante, mas pode mudar o futuro”, defende.

Criado pela Fundação Santillana e pela Organização de Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), o Prêmio Escolas Sustentáveis tem como objetivo servir como um exemplo para outras iniciativas, segundo Luciano Monteiro, diretor de Sustentabilidade da fundação. “Criamos um banco de experiências, são 100 projetos no site, que têm o objetivo de inspirar outras escolas. Eles podem não ser 100% aplicáveis, mas apontam um caminho”, afirma.

Monteiro diz que os projetos finalistas foram escolhidos por seu compromisso social e capacidade de mobilizar a comunidade escolar, além de apresentarem soluções para a questão do desenvolvimento sustentável.