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EDUCAÇÃO

Pisa: Ministério da Educação elenca ações para aumentar desempenho de alunos

O ministro Camilo Santana ressaltou que os desafios são grandes, principalmente em matemática. Pasta tem focado em reduzir desigualdades

Após a divulgação dos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2022, nesta terça-feira (5/12), o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) realizaram uma coletiva de imprensa para comentar acerca do desempenho educacional do Brasil. O ministro Camilo Santana ressaltou que os desafios são grandes, principalmente em matemática, pois 73% dos alunos não alcançaram patamar mínimo de aprendizagem.

"Até as escolas particulares estão abaixo da média da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Nós não acreditamos em nenhuma ação de melhoria da educação básica se não houver a participação dos municípios brasileiros", disse o ministro, citando o fato de que a pasta tem intensificado parceria com estados e munícipios. 

A edição de 2022 do Pisa é o primeiro estudo em grande escala com dados sobre como a pandemia afetou o desempenho de estudantes ao redor do mundo. A última rodada da avaliação internacional foi realizada em 2018. Camilo Santana elogiou o "esforço coletivo" dos governadores durante a pandemia e frisou que, apesar dos números indicarem uma estagnação do Brasil na avaliação internacional, é preciso avançar significativamente para garantir uma educação de qualidade.

O ministro da Educação listou uma série de ações que a pasta vem desenvolvendo ao longo deste ano para aumentar o desempenho dos alunos do Ensino Médio. Segundo ele, investir em alfabetização e formação inicial e continuada de professores é fundamental para esse processo. "Uma criança para aprender matemática precisa saber ler e escrever na idade certa. E também nós só vamos avançar na qualidade da educação se estimularmos e valorizarmos os professores", pontua Camilo.

Além disso, o ministério tem focado na redução das desigualdades como uma das principais estratégias  para impulsar a educação. O ministro citou a educação integral, escolas atrativas, poupança para jovens do ensino médio e reestruturação da etapa escolar como outras ações essenciais para aumentar o desempenho dos estudantes.

Camilo espera que o próximo Pisa, que será realizado em 2025, conte com a participação de cerca de 40 mil estudantes, a fim de ter amostras por estado brasileiro, para o governo poder traçar estratégias direcionadas. No ano passado, 11 mil alunos de 15 anos participaram da avaliação internacional. "O Pisa é uma ferramenta importante de orientação para decisões políticas do governo", disse o ministro da Educação.

O Brasil pontuou 379 em matemática, 410 em leitura e 403 em ciências (numa escala média de 500 pontos). Com esses números, o país ocupa a 65ª, 52ª e 61ª posições nas áreas do conhecimento, respectivamente. O desempenho brasileiro em 2022 teve queda de cinco pontos em matemática em relação a 2018, três pontos em leitura e um ponto em ciências. Apesar das pequenas variações para baixo, a análise da OCDE é a de que as notas se mantiveram estáveis.