A Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEE-DF) homologou o resultado final do processo eleitoral para escolha de gestores de aproximadamente 670 unidades escolares da rede pública, que abrigam mais de 450 mil alunos.
Os novos diretores, vice-diretores e conselheiros tomarão posse em 2 de janeiro e permanecerão nos cargos até 31 de dezembro de 2027. Márcia Jales, 47 anos, vai comandar a Escola Técnica de Ceilândia (ETC), localizada na QNN 14, ao lado da Estação Guariroba do metrô, pelos próximos quatro anos. Atualmente, ela é vice-diretora da instituição, onde trabalha há 24 anos e ocupou cargos de coordenadora e professora em outras oportunidades. Para ela, o desafio torna-se ainda maior quando se trata de uma instituição grande, como a ETC.
De acordo com a diretora eleita, a unidade tem, em média, 2,5 mil estudantes por semestre, distribuídos em cursos técnicos, novo ensino médio, cursos de qualificação profissional e Educação de Jovens e Adultos (EJA) com formação profissional. A instituição trabalha nas modalidades presencial, a distância e híbrido.
"O maior desafio é cuidar de todos esses estudantes. O impacto da pandemia ainda é muito sentido. Hoje, vemos mais alunos buscando a educação profissional", observa a futura diretora, que tem como objetivo da sua gestão formar alunos para além do aspecto profissional. "Fazemos isso trazendo temas importantes para o ensino, como violência contra a mulher, racismo e inclusão de pessoas com deficiência (PCD), não deixando que a escola se torne tecnicista, proporcionando uma formação completa de cidadãos aos estudantes. Alegra-me muito o trabalho pedagógico voltado para o melhoramento da sociedade por meio da inclusão", orgulha-se Jales.
Processo eleitoral
A homologação do pleito foi publicada na edição desta segunda-feira (4/12) do Diário Oficial do DF (DODF). A eleição foi realizada em 25 de outubro, com 4.488 candidaturas ao conselho escolar e 797 chapas concorrentes aos cargos de diretor e vice-diretor. A votação deste ano ocorreu com uso de urnas de lonas e cabines de votação emprestadas do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF). O Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) também contribuiu com a disponibilização de urnas.
Puderam votar estudantes a partir de 13 anos, professores temporários e efetivos, e demais servidores lotados nas escolas das carreiras de magistério e assistência. Mães, pais e responsáveis legais, também tiveram o direito de escolher seus candidatos, mas foi computado apenas um voto por família. A votação foi feita por meio de cédulas.
Em 24 unidades não há, ainda, diretor nem vice para assumir. Há casos de falta de candidatos, chapas/eleição impugnadas e/ou não referendadas. Novas eleições devem ser realizadas em até 180 dias, a contar da data da primeira votação.