Uma situação inusitada aconteceu durante a reunião, dessa terça-feira (3/10), na Câmara Municipal de Uberaba (CMU). O aluno Luiz Gustavo Rocha dos Reis, de 11 anos, do 6º ano da Escola Municipal Frei Eugênio, pediu o uso da palavra para contar que passou mal com o macarrão com feijão servido durante a merenda da escola.
O menino pediu empenho dos vereadores para cobrar da prefeitura melhorias na qualidade dos alimentos fornecidos por empresa terceirizada para a merenda escolar das escolas municipais de Uberaba.
A reportagem conversou com a criança. Ele, que estuda na escola entre 7 e 11h20, acrescentou que, frequentemente, a merenda escolar, servida às 9h15, não é de qualidade.
"Tem alguns dias que está melhor, com arroz, feijão, uma carne e salada, mas outras várias vezes, está sem tempero e eles servem só macarrão com feijão. Vários dos meus colegas também têm reclamado", declarou o menino.
Luiz também contou ao Estado de Minas que, no dia que passou mal, sentiu muita vontade de vomitar. "O macarrão parecia que foi servido só a massa dele mesmo, sem nenhum tempero, e acompanhado só de feijão", reclamou.
Para o jovem, a questão da qualidade dos alimentos é algo muito importante. "É algo que mantém a saúde da criança e isso deve ser vigiado (...) eu peço para que deem um jeito de melhorar isso. Em nome de todos os alunos, de todas as escolas: a gente precisa ter um bom alimento (...) nós alunos não devemos ser esquecidos".
O Estado de Minas solicitou um posicionamento da Prefeitura de Uberaba frente ao relato de Luiz Gustavo, mas não obteve retorno.
Após denúncias e multa, Uberaba trocou empresa que fornecia a merenda escolar
Após a empresa que fornecia merenda escolar e kit alimentação aos alunos da rede municipal de Uberaba sofrer multa, no final de 2021, por oferecer alimentos de péssima qualidade, uma empresa com sede em São Paulo, capital, assumiu a merenda escolar em janeiro do ano passado.
Segundo informações divulgadas pela prefeitura de Uberaba, na época, seis empresas apresentaram propostas para assumir a alimentação escolar na rede municipal de ensino, sendo que a menor proposta foi apresentada pela Soluções Serviços Terceirizados – Eireli, no valor de R$ 11.269.095,18, conforme publicação no Diário Oficial do Município, em 30 de dezembro de 2021.