Conectividade

Governo lança acesso à internet de qualidade em escolas públicas; entenda

A iniciativa do governo é garantir acesso à internet de qualidade nas escolas do país. No DF, são 708 instituições públicas que serão beneficiadas

Correio Braziliense
postado em 27/09/2023 08:13
A escola desenvolve uma série de encontros para dialogar sobre temas diversos -  (crédito: André Violatti/Esp. CB/D.A Press)
A escola desenvolve uma série de encontros para dialogar sobre temas diversos - (crédito: André Violatti/Esp. CB/D.A Press)
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O Governo Federal anunciou, na terça-feira (26/9), uma iniciativa para o acesso à internet de qualidade nas instituições públicas de educação básica até 2026. No Distrito Federal, são 708 escolas públicas de educação básica. Segundo o governo, o desafio do projeto Escolas Conectadas na capital é garantir a conectividade em 41 dessas instituições de ensino. Atualmente, o DF já conta com 667 (94%) colégios com acesso à banda larga fixa de fibra óptica.

Outro desafio é garantir conexão por Wi-Fi para 224 instituições de ensino públicas no DF. O projeto é uma parceria entre os ministérios da Educação (MEC) e das Comunicações (MCom). O Escolas Conectadas vai promover ainda o acesso à internet rápida nas mais de 138 mil escolas, a partir de um investimento de R$ 8,8 bilhões.

Para o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a educação das crianças e dos jovens não pode esperar. “Temos que ter um trabalho imenso para recuperar a capacidade dessas crianças voltarem a aprender. Com internet de qualidade em todas as escolas, o filho do pobre terá a mesma qualidade de ensino que o filho do rico”, destacou o presidente.

De acordo com a iniciativa, além da necessidade de levar internet ao ambiente escolar, a intenção é garantir que esse acesso seja de qualidade e verificado. O objetivo é assegurar conexão por fibra óptica ou via satélite com velocidade de pelo menos 1 Mbps por aluno. No DF, são cerca de 448 mil matrículas na educação básica.

O levantamento de informações do Governo Federal indica que a capital tem 31 escolas com velocidade de internet monitorada e adequada, 191 com velocidade monitorada, mas de qualidade insuficiente, e 486 sem qualquer tipo de monitoramento.

Para as instituições de ensino que não têm acesso a energia elétrica ou que têm somente acesso à energia elétrica de gerador fóssil, será viabilizada a conexão com a rede pública de energia ou geradores fotovoltaicos. Segundo o Governo, no DF, não há escolas que se enquadrem nesses casos.

Escolas Conectadas

De acordo com a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas do Governo Federal, a iniciativa é dividida em quatro eixos: implantar infraestrutura de rede de acesso à internet em alta velocidade; garantir acesso à internet com velocidade adequada; instalação de redes Wi-Fi nas escolas; e fornecimento de energia elétrica.

Ministro das Comunicações, Juscelino Filho avaliou que o projeto vai contribuir com a aprendizagem digital e com o aperfeiçoamento da gestão das escolas. “Os professores poderão usar recursos pedagógicos para melhor ensinar o conteúdo e os alunos serão incluídos no mundo digital em que vivemos hoje. O Governo Federal vai investir pesado para que todas as escolas públicas desse país tenham uma internet de altíssima qualidade”, ressaltou.

O Nordeste é a região com a maior quantidade de escolas que passarão a ter internet de qualidade, totalizando 49.953 instituições. Em seguida está o Sudeste, com 40.365 escolas; o Norte, com 20.366; o Sul, com 19.826 unidades de educação; e o Centro-Oeste, com 7.845 instituições.

Investimentos

Para colocar em prática as Escolas Conectadas, serão investidos R$ 8,8 bilhões. Do total, R$ 6,5 bilhões são do eixo “Inclusão Digital e Conectividade” do Novo PAC, que serão destinados para a implantação de conexão à internet e rede interna nas escolas. Segundo o Governo, os recursos são provenientes de quatros fontes: o Leilão do 5G, o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), o Programa de Inovação Educação Conectada (PIEC) e a Lei 14.172 de 2021.

Já os R$ 2,3 bilhões adicionais são provenientes de três fontes: R$ 1,7 bilhão da Lei 14.172/2021; R$ 350 milhões do PIEC; e R$ 250 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

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