NOVO ENSINO MÉDIO

Lula chama de "extraordinária" carta que pede revogação do Novo Ensino Médio

Ao abrir congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), presidente promete atender pauta que inclui a revogação

Edla Lula
postado em 13/07/2023 21:27 / atualizado em 13/07/2023 21:37
 13/07/2023 Crédito: Carlos Vieira/CB. 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) -  (crédito:  Carlos Vieira/CB)
13/07/2023 Crédito: Carlos Vieira/CB. 59º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) - (crédito: Carlos Vieira/CB)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou, na noite desta quinta-feira (13/7), que pode revogar o Novo Ensino Médio. A fala ocorreu durante participação na 59ª edição do Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília. Sem citar diretamente o tema, o presidente qualificou como “extraordinária” a carta de reivindicações apresentada pela UNE e indicou que iria atender às demandas apresentadas. Entre os pedidos, está a revogação imediata do novo ensino médio.

“Somente num governo eleito por vocês a gente é capaz de cumprir essa pauta” , disse Lula. Por diversos momentos, soaram da plateia os gritos de “revoga, revoga”.

Antes de Lula, o ministro da Educação, Camilo Santana, recebido com vaia por boa parte dos estudantes, falou mais diretamente sobre o assinto. “Suspendi a implantação do Novo Ensino Médio no país e abrimos uma ampla escuta dos estudantes”, disse ele. 

Também participaram do evento os ministros da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, da Cultura, Margareth Menezes, da Igualdade Racial, Anielle Franco, e dos Esportes, Ana Moser. O ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica, convidado especial, foi ovacionado pelos estudantes.

Na carta entregue a Lula, os estudantes universitários declaram apoio ao governo e apresentam outras demandas, como a reforma do ensino universitário, a manutenção da universidade pública, a regulamentação da educação privada, o aumento da oferta de bolsas e investimentos em pesquisa e extensão.

O tema do Congresso deste ano é "Em defesa da democracia: enfrentando o autoritarismo e o discurso de ódio no Brasil". O evento também trará a memória dos 50 anos do desaparecimento do ex-presidente da entidade e estudante de geologia, Honestino Guimarães, durante a ditadura militar.

O Conune deve reunir, até domingo (16), mais de 10 mil estudantes de todo o Brasil para discussão de políticas públicas na área educação.

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